A Polícia Civil de Nova Andradina registrou, nesta quarta-feira (26) e quinta-feira (27), três ocorrências de estelionato praticadas com o mesmo método e envolvendo vítimas diferentes. Somados, os prejuízos ultrapassam R$ 130 mil. Em todos os casos, as vítimas relataram terem recebido ligações de números salvos em seus celulares como sendo dos gerentes de conta.

Segundo os boletins, as chamadas exibiam exatamente os números cadastrados nos contatos das vítimas, o que dificultou a identificação do golpe. Os criminosos se passaram pelos gerentes, afirmaram que havia tentativas suspeitas de acesso ao aplicativo e orientaram as clientes a realizarem supostos “procedimentos de segurança”.

Primeiro caso – prejuízo de R$ 52.300,00

A vítima relatou ter recebido ligações do número registrado como sendo de seu gerente. Após ser convencida de que havia risco de prejuízo financeiro, realizou transferências via PIX que totalizaram R$ 52.300,00. Os valores foram enviados para contas de diferentes instituições e pessoas indicadas durante a chamada.

Segundo caso – prejuízo de R$ 41.580,90

Outra moradora da cidade informou ter recebido ligações do número que tem salvo como sendo do gerente de sua conta. Após seguir orientações, fez transferências de R$ 9.980,90; R$ 11.900,00; e R$ 19.700,00 para contas de outras instituições financeiras, todas vinculadas a empresas. A vítima também relatou compras realizadas em seu cartão de crédito.

Terceiro caso – prejuízo de R$ 36.700,00

A terceira vítima procurou a delegacia após perder R$ 36.700,00 no mesmo tipo de golpe. Conforme o registro, ela recebeu ligações do número associado ao gerente. As transferências foram feitas para contas de diversas instituições, em nome de pessoas diferentes, com valores de R$ 2.300,00; R$ 9.999,99; R$ 9.999,90; e R$ 8.900,77.

Nos três casos, as vítimas afirmaram ter sido informadas que criminosos estão utilizando aplicativos capazes de espelhar números telefônicos, fazendo com que chamadas feitas de outros aparelhos apareçam com números reais salvos na agenda — prática que dificulta a percepção da fraude.

As três vítimas manifestaram interesse em representar criminalmente contra os autores. A Polícia Civil investiga os casos.

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