Publicado em 19/07/2021 às 08:07, Atualizado em 19/07/2021 às 20:44
Um jovem de 27 anos que, falsamente, se apresentava nas redes sociais como agente do Departamento de Operações de Fronteira (DOF), foi preso sob acusação de violência doméstica neste sábado (17) em Nova Andradina.
Conforme a ocorrência policial 220/21 da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), uma equipe da Polícia Militar, que estava no Hospital Regional (HR) coletando informações sobre a vítima de um acidente de trânsito, foi chamada por um segurança da unidade para relatar que o autor estaria ameaçando entrar na enfermaria para matar uma senhora de 68 anos.
Em conversa com a vítima, ela, que estava bastante nervosa, confirmou a situação, sendo que, o autor foi localizado na recepção do HR e encaminhado para a Delegacia de Polícia.
Durante o procedimento, uma jovem de 21 anos compareceu na unidade policial para denunciar o mesmo autor, afirmando que vem sendo ameaçada e sofrendo agressões praticadas por ele.
A comunicante afirma que há dois anos atrás recebeu, por parte do autor, uma solicitação de amizade via Facebook, momento em que eles começaram a conversar. O acusado teria mentido para ela dizendo que havia passado no concurso da Polícia Militar e que trabalhava no Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
A vítima afirma que namorou por cerca de um ano com o autor, depois ele se ausentou por um período, sendo que no dia 17/05/2021, ele mandou mensagem por meio do WhatsApp querendo ficar ela, mas ela se recusou.
Segundo a jovem, o autor a encontrou na rua e fez ameaças dizendo que se caso ela não ficasse com ele, o autor iria matar os seus pais, sua avó, seu tio e até mesmo seu filho de apenas quatro anos de idade.
A vítima afirma que por medo começou a ficar e morar com o autor, nos fundos da casa dos pais dele, que são de idade.
Ela relatou que o autor, nesses dois meses, praticamente todos os dias batia nela com socos, chutes e também a xingava constantemente.
A vítima afirma que era torturada psicologicamente todos os dias, afirma que o autor colocava facas em seu pescoço e a obrigava a manter relações sexuais contra a sua vontade, dizendo que se não fizesse ele iria matar toda a sua família.
Conforme a jovem, o autor não a deixava sair de casa e nem tomar banho sozinha. A mulher também era proibida de conversar com seus pais e ainda de fazer ou receber ligações telefônicas.
A jovem disse aos policiais que deseja representar criminalmente contra o autor, bem como necessita de medida protetiva para que ele não se aproxime dela e de seus familiares.
O caso foi registrado como ameaça (violência doméstica) e deverá ser devidamente apurado pelas autoridades competentes.
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