Publicado em 14/09/2022 às 16:53, Atualizado em 14/09/2022 às 22:05
Nos últimos dias, diversos moradores de Nova Andradina e da região, procuraram a Polícia Civil para registrar boletins de ocorrência referentes a golpes aplicados pelas redes sociais.
Em alguns casos, as contas em redes sociais, como Instagram, são hackeadas e são anunciados produtos, como móveis, por preço inferior, como um suposto “desapego”.
A vítima entra em contato por mensagem, onde o autor pede um adiantamento, normalmente pago via PIX, para “segurar” o produto. A vítima efetua o pagamento e posteriormente percebe que caiu em um golpe.
Em outros casos, a vítima clica em um link, onde imediatamente perde acesso às suas redes, e muitas vezes até mesmo dinheiro em suas contas digitais.
Nas últimas horas, algumas pessoas procuraram a delegacia para registrar casos semelhantes.
No início da semana, uma mulher de 55 anos quase caiu em um golpe, onde o estelionatário se passava por um servidor do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), por meio de aplicativo de mensagens, solicitando documentos pessoais. O criminoso ameaçou ainda, cortar o benefício da mulher, caso ela não enviasse os dados solicitados. Ao perguntar para seu filho, a mulher foi informada que se tratava de um golpe e registrou a tentativa de estelionato na delegacia.
Em outro caso, uma mulher de 26 anos, relatou ao Nova News, que perdeu pouco mais de R$ 200, depois de ter sua conta invadida no Instagram nesta terça (13).
Procurado pela reportagem, o delegado adjunto da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina, Filipe Davanso Mendonça, orientou a população sobre como proceder nestes casos.
"O cometimento de crimes digitais tornou-se bastante atrativo e rentável devido a algumas características inerentes ao ciberespaço, dentre elas, a inexistência de fronteira territoriais, a qual permite a troca de dados e interação entre pessoas de diversas nações.
De modo que, dentre os diversos tipos de ataques cibernéticos, está o que burla os mecanismos de segurança do dispositivo, como por exemplo, a subtração de contas de redes sociais (Instagram/Facebook/WhatsApp) e, posteriormente, com a solicitação de dinheiro, como se fosse o próprio titular da conta.
Razão pela qual, dentre as orientações sobre como evitar estes ataques cibernéticos de invasão de contas de redes sociais, está na criação, pelo próprio usuário, de mecanismos de autenticação disponibilizados pelas próprias empresas, tais como a autenticação de dois fatores, atualização e manutenção de telefones de recuperação de contas, bem como, ainda, a consulta sobre as atividades de login realizados.
E, em casos de invasão de contas, recomenda-se o registro de ocorrência policial, pelo próprio usuário que teve sua conta invadida e, principalmente, a divulgação, através de rede de familiares e amigos próximos, da informação de que a conta foi invadida, para fins de evitar que alguém efetue o pagamento indevido de quaisquer valores.
Por fim, em todos os casos, devem os usuários se atentarem a quaisquer ofertas com valores extremamente desproporcionais e que, ainda, objetivem o pagamento a terceiros, totalmente desconhecidos, os quais, certamente, não seriam realizados em condições normais, podendo ser evitado o prejuízo financeiro, em casos de percepção de fraude," finalizou Filipe.