Publicado em 28/04/2023 às 08:35, Atualizado em 28/04/2023 às 15:35
A Polícia Militar Ambiental tem trabalhado com equipes em rios e em estradas vicinais, próximas aos cursos d’água, simultaneamente, tendo em vista, que muitos pescadores que estão em atividade de pesca predatória, abandonam os locais ao serem avisados via telefone.
Nesta quinta-feira (27) à tarde, com essa estratégia, policiais militares ambientais de Batayporã, em fiscalização de bloqueio na rodovia MS-473, no município de Nova Andradina, nas proximidades de ranchos pesqueiros do Rio Ivinhema, abordaram um veículo Chevrolet S10, com um semirreboque acoplado, com uma embarcação.
No veículo estavam quatro pescadores, residentes em Tarabaí (SP), que afirmaram vir de uma pescaria no Rio Ivinhema e, em vistoria no veículo, os policiais encontraram em uma caixa isotérmica de grande porte, 10 exemplares de peixes da espécie dourado, espécie a qual a pesca é proibida, em Mato Grosso do Sul, dois exemplares de barbado, abaixo do tamanho mínimo permitido, o que também é crime, dois exemplares de curimbatá, bem como postas de traíras e curimbatás.
Havia ainda no veículo, uma rede de pesca (petrecho proibido) utilizada na atividade ilegal, o que por si só também é crime, bem como 10 molinetes e carretilhas com varas.
Além disso, como estavam em quatro pescadores, já excedia a cota de captura de pescado em Mato Grosso do Sul, pois poderiam ter capturado, abatido e transportado apenas um exemplar cada um, ou seja, quatro exemplares de peixes nativos, caracterizando-se também como crime. Foram apreendidos: o veículo com o reboque, um barco, um motor e popa, a caixa isotérmica, a rede de pesca, os 10 molinetes e carretilhas com varas e 37 kg de pescado.
Por crime ambiental de pesca e transporte de produto, os infratores, de 48, 61, 64 e 70 anos, receberam voz e prisão e foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Nova Andradina, juntamente com o material apreendido, onde eles foram autuados em flagrante delito pelo crime cometido e saíram depois de pagar fiança de R$ 1.302,00 cada um, perfazendo R$ R4 5.208,00.
Eles responderão pelo crime, cuja pena é de um a três anos de detenção. Cada pescador também foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 3.700,00, perfazendo R$ 14.800,00 pela equipe da PMA. A multa é julgada pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).