O processo que apura as circunstâncias da morte de Marta Gouveia, assassinada aos 37 anos em Nova Andradina no dia 23/01/2022 quando saiu de casa para pedalar e cujo corpo foi encontrado com sinais de violência jogado à margem de uma das alças do anel viário, tramita em segredo de Justiça, motivo pelo qual, a Promotoria de Justiça preferiu não repassar informações sobre o caso à imprensa.
Nos últimos dias, o Nova News fez uma entrevista exclusiva com Carlos Roberto dos Santos, de 52 anos, viúvo de Marta Gouveia, sendo que, aquela foi a primeira vez que ele falou a respeito do caso. Ele disse que espera que a justiça seja feita e que o culpado seja condenado com todo o rigor da lei.
Vale destacar que, segundo as investigações das autoridades policiais, o autor do crime seria o filho da vítima, um jovem de 19 anos, fruto de um relacionamento anterior que ela teve, portanto, enteado de Carlos. O jovem está atualmente recolhido em um presídio estadual.
Na entrevista, o viúvo de Marta Gouveia desabafou sobre sua dor e revelou como tem levado a vida ao lado dos dois filhos que teve com ela, sendo, um adolescente de 12 e um bebê de apenas três anos. A família vive atualmente em Dourados.
Logo após dar voz a Carlos, o Nova News decidiu procurar o Ministério Público propondo uma entrevista a fim de saber ao menos algumas informações sobre o andamento do processo, como, por exemplo, se há expectativas de prazo para que o caso tenha seu desfecho na Justiça, porém, devido à condição de sigilo, o site foi informado pela secretária do promotor que ele preferia não falar com a equipe a respeito.
Foi apurado que, no início deste mês de fevereiro de 2023, o filho de Marta Gouveia foi pronunciado pelo Poder Judiciário, que é quando um juiz ou uma juíza aceita as acusações feitas contra a pessoa acusada e encaminha o processo para julgamento no Tribunal do Júri.
Se a sentença de pronúncia prosperar, o jovem deverá ser julgado pelo crime de homicídio, no caso, feminicídio, com agravantes de meio cruel, com uso de método que dificultou a defesa da vítima e também ocultação de cadáver.
Como ainda cabe recurso da pronúncia, não se sabe o prazo estimado para que o caso seja definitivamente encerrado pelo Poder Judiciário.
Na entrevista, Carlos havia dito ao site que sua esperança é que a justiça seja feita o quanto antes. “Não vejo a hora de que ele seja julgado. Quero ouvir o que ele tem a dizer e observar como o Poder Judiciário vai proceder. Acredito que nós, da família, e também a sociedade merecemos esta resposta. Espero que o caso tenha seu desfecho em breve e que o culpado seja penalizado de forma exemplar, com todo o rigor da lei”, afirmou.
Ainda nas palavras do viúvo de Marta Gouveia, é muito ruim viver com esta interrogação. “Sei que a Marta não vai voltar, nas acredito que após a justiça ser feita poderemos seguir em frente com um pouco mais de paz no coração, sabendo que as respostas foram dadas e que a memória dela foi honrada”, finalizou ele naquela ocasião.
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