A exemplo do que ocorreu em 2016, as eleições municipais de Nova Andradina voltam a ser alvo de judicialização. Após a votação de 2024, que confirmou nas urnas a vitória de Dr. Leandro Fedossi (PSDB), ao menos três Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) já foram protocoladas.
Duas dessas ações foram apresentadas pela candidata derrotada Dione Hashioka (União Brasil). A primeira, registrada pouco antes da eleição, foi julgada improcedente. Já a segunda, protocolada semanas após o pleito, ainda aguarda análise pela Justiça Eleitoral.
Nesta semana, no entanto, a judicialização ganhou novo capítulo. O Ministério Público Eleitoral (MPE) ajuizou outra AIJE contra os eleitos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e assessores, acusando-os de irregularidades durante a campanha.
Conforme o MPMS, a chapa utilizou indevidamente veículos de comunicação de amplo alcance e redes sociais para beneficiar sua candidatura e atacar adversários. Entre as práticas denunciadas, destaca-se a disseminação de desinformação (fake news) contra concorrentes e a promoção exagerada dos investigados.
As acusações foram fundamentadas na “Operação Fake Fire”, que apura atos ilícitos como violência política de gênero e manipulação informativa na campanha de 2024. Na ação, o MPE pede a inelegibilidade dos candidatos por oito anos e solicita punições para veículos de comunicação.
Histórico de disputas judiciais
A situação remete às eleições de 2016, quando Roberto Hashioka, esposo de Dione Hashioka, recorreu à Justiça após perder o pleito por uma diferença de apenas 27 votos. Hashioka chegou a levar o caso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas não obteve sucesso em alterar o resultado.
Agora, com novas denúncias e ações, o futuro político de Nova Andradina pode novamente ser decidido nos tribunais. Enquanto isso, o caso coloca o município em evidência pela polarização e pelos desdobramentos pós-eleitorais. (Colaborou Bárbara Ballestero).
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