Publicado em 28/05/2024 às 18:09, Atualizado em 28/05/2024 às 21:51
Outrora ladeado de "prefeitáveis", Gilberto Garcia chega ao fim do seu terceiro mandato como prefeito sem ter conseguido emplacar nenhum pré-candidato vindo do próprio grupo político.
Em 2016, ele foi "pego no colo" por aliados para enfrentar o então prefeito, Roberto Hashioka. No entanto, oito anos depois, precisou recorrer justamente ao então candidato a vice de Hashioka, o hoje vereador Dr. Leandro Fedossi, para ter um candidato que pudesse chamar de seu.
O rol de possíveis sucessores de Gilberto começou a ser montado ainda em 2016, quando convidou o ex-vereador Nenão para ser seu vice. Quatro anos depois, Nenão foi substituído por Milton Sena, que afirma ter aceitado o convite em troca de apoio na próxima eleição. O ano de 2024 chegou, e Milton, como ele mesmo diz, foi "esquecido" pela gestão.
Nesse meio tempo, outros "prefeitáveis" abandonaram o grupo sob a mesma alegação. Um desses casos é o do também ex-vereador Marião da Saúde, o responsável por abrir as portas do PR para Gilberto.
O PR, que virou PL, também viu surgir a liderança do vereador Arion Aislan, ex-secretário de Gilberto Garcia e eleito em 2020 na coligação do prefeito. Contudo, também foi preterido pelo gestor, assim como seu colega de Câmara, o vereador Fábio Zanata, do MDB, ex-secretário municipal de Educação de Gilberto.
Ao longo do mandato, conforme a relação de aliados ficou mais enxuta, Gilberto foi indicando as suas preferências, mas também deixando de lado nomes que despontavam mesmo sem contar com nenhuma estrutura dentro do Governo Municipal, a exemplo de outro ex-vereador, Vicente Lichoti.
Com o grupo mais enxuto, Gilberto "entregou as chaves" da gestão para Hernandes Ortiz ao nomeá-lo para comandar uma das principais pastas do primeiro escalão do Governo Municipal, a Secretaria de Saúde.
No entanto, depois de dar liberdade para o gestor viabilizar seu nome, estruturar partidos e buscar aliados, anunciou que seu pré-candidato a prefeito seria outro secretário, o engenheiro Júlio César Castro Marques, titular da Infraestrutura. Diante da situação, Ortiz rompeu com o prefeito e ainda trabalha em torno da sua pré-candidatura a prefeito.
Com as "bençãos" de Gilberto, Júlio César buscou fazer seu nome. No entanto, não emplacou nas pesquisas de consumo interno, obrigando o chefe do Executivo municipal a aceitar a proposta do núcleo estadual do PSDB: apoiar a pré-candidatura a prefeito do presidente da Câmara, vereador Dr. Leandro Fedossi.
Dr. Leandro iniciou sua trajetória na política nova-andradinense em 2016, como candidato a vice-prefeito de Roberto Hashioka, quando perderam por 27 votos de diferença para a chapa Gilberto-Nenão.
Em 2020, ainda ao lado de Hashioka, Dr. Leandro foi candidato a vereador na coligação liderada pelo ex-prefeito. Hashioka voltou a ser derrotado por Gilberto. Porém, Dr. Leandro foi eleito para a Câmara, assumindo a presidência em 2021 e sendo reeleito em 2023.
Ao longo do mandato, apesar do apadrinhamento político de Hashioka, Dr. Leandro também se aproximou de Gilberto, especialmente a partir das eleições de 2022, quando trabalharam juntos na campanha do governador Eduardo Riedel e do deputado estadual Pedro Caravina.
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