O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) não deixou por menos a provocação do prefeito Gilberto Garcia (PODEMOS) e usou a sua assessoria para dizer que aceita o convite, porém, com uma condição: “me convide apenas quando tudo estiver funcionando plenamente, com médicos, pacientes e todos os equipamentos que ajudei a comprar, como deputado e como secretário de saúde”.
O parlamentar também disse que “será um prazer participar da festa de inauguração da reforma e ampliação do Hospital Regional”, contudo, ponderou que: “se for para inaugurar salas vazias, sem energia e água, seguirei na minha função de parlamentar, que é cobrar e fiscalizar o dinheiro público que ajudei a viabilizar para reformar e ampliar o Hospital Regional”.
A resposta do deputado veio depois que o prefeito Gilberto Garcia veio a público para, nas palavras de Geraldo Resende, “anunciar com toda pompa e circunstância que as obras de ampliação do Hospital Regional estão 90% concluídas”.
“O que deveria ter sido entregue à população há mais de 10 anos, agora ganhou mais um prazo de 90 dias para ficar tudo pronto, segundo o prefeito. Será que fica mesmo?”, questionou.
No vídeo publicado no perfil do prefeito, Gilberto Garcia alega que a obra não está parada. “Embora nas filmagens não tenha aparecido ninguém que estivesse trabalhando para concluir os 10% finais”, argumentou Geraldo.
Na publicação, o deputado frisou que “é sempre bom lembrar que as antigas e a atual gestão têm responsabilidades pela administração do dinheiro público”. “Afinal de contas são mais de 10 anos que Nova Andradina não consegue entregar o hospital. É o sonho de todo prefeito com dinheiro na conta da prefeitura poder construir um hospital desse porte e magnitude, mas lá, em Nova Andradina, me parece que o problema mesmo está ineficiência e incapacidade dos gestores públicos”.
O deputado afirmou que na sua gestão na Secretaria de Estado de Saúde (2019-2022) houve aumento significativo nos repasses de recursos para a região, como R$ 22 milhões para a saúde de Nova Andradina.
No pedido de abertura de inquérito ao Ministério Público, Geraldo Resende cita a destinação de recursos para obras que, pelo tempo já decorrido, deveriam estar concluídas, são elas:
- Ampliação de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCO) com a implantação de 13 novos leitos. Implantação de Infraestrutura hospitalar. R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais);
- Ampliação de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) com a implantação de nove novos leitos. Implantação de Infraestrutura hospitalar: R$ 440.000,00 (quatrocentos e quarenta mil reais);
- Construção do Banco de Leite e salas de exames do Hospital Regional: R$ 900.000,00 (novecentos mil reais);
- Construção do Centro de Diagnóstico, junto ao Hospital Regional: para realizar exames de ressonância nuclear magnética, de raio x, tomografia computadorizada e ultrassonografia: R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais);
“O total dos recursos destinados ainda não convertidos em ações e serviços de saúde pública, conforme determina a Constituição Federal soma R$ 3.080.000,00, valores de 2014 que, conforme a correção monetária atual feita pelo índice IGP-M (FGV) chega a R$ 6.184.577,17. É ou não é muito dinheiro?”, questiona Geraldo.
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