Publicado em 30/05/2023 às 09:06, Atualizado em 30/05/2023 às 13:10
Partidos saem na frente rumo às articulações visando a sucessão do prefeito Gilberto Garcia, mas composições e janela partidária ainda podem embaralhar o cenário
Ainda falta pouco mais de um ano para as eleições do ano que vem, mas, como de costume, os partidos interessados na disputa majoritária não perdem tempo e buscam antecipar as articulações, seja para ocupar espaços ou para já trabalhar entorno de um nome junto ao eleitorado. Em Nova Andradina não é diferente e partidos como PT, PSDB, PP, PDT, PL, PODEMOS e MDB são os que saem na frente.
Figurinha carimbada desde 2012, o PT deve disputar a sua quarta eleição seguida com candidato próprio em Nova Andradina. Até o momento, o nome favorito é o do empresário Marcos Dan. A sigla conta ainda com o vereador Josenildo Ceará. Nas eleições anteriores, a legenda concorreu com Tadao, em 2012 e 2020, e Edilson do Gás, em 2016, com Marcos Dan como candidato a vice.
Já o PSDB planeja concorrer pela terceira eleição consecutiva. Depois das derrotas em 2016 e 2020, os tucanos apostam no atual presidente da Câmara Municipal, vereador Dr. Leandro Fedossi, que está em seu primeiro mandato. Em 2016, ele foi candidato a vice de Roberto Hashioka, que na época concorreu pelo PSDB. Os tucanos também concorreram com Hashioka em 2020, ocasião em que Dr. Leandro foi eleito vereador.
Quem caminha para estrear nesse tipo de disputa majoritária é o PP, partido da senadora Tereza Cristina e do vice-governador Barbosinha. A sigla trabalha entorno do nome do secretário municipal de Saúde, Hernandes Ortiz, que coordenou a campanha de Eduardo Riedel (PSDB) em Nova Andradina, em 2022, e as campanhas de Gilberto Garcia nas eleições de 2016 e 2020.
Seja como candidato a prefeito ou a vice, o PDT também segue nas articulações com Milton Sena, outra figura carimbada. Em 2008, ele foi candidato a prefeito e perdeu as eleições para Gilberto Garcia, o mesmo político que, em 2020, o convidou para ser candidato a vice-prefeito de sua chapa. Em 2012, Milton foi candidato a vice de Hashioka e, em 2016, não disputou a eleição para apoiar Gilberto, então candidato de oposição a Hashioka.
À frente da Prefeitura de Nova Andradina desde janeiro de 2017, o PL deve vir para sua terceira eleição seguida com candidato próprio a prefeito. No entanto, diferente das duas últimas eleições, quando disputou e venceu com Gilberto Garcia em 2016 e 2020, o Partido Liberal caminha para uma corrida com nomes totalmente antagônicos ao grupo que apoiou a atual gestão.
Isso por que desde que o ex-presidente Jair Bolsonaro perdeu as eleições para Lula (PT), em 2022, o PL tem buscado fortalecer suas bases estaduais e municipais com pessoas ligadas aos movimentos apoiados pelo ex-mandatário. Diante desse cenário, toda a diretoria local foi destituída, incluindo Gilberto, e nomeado grupo liderado pelo engenheiro Moammar Muhammad El Abeld, que deve ser indicado como pré-candidato a prefeito pelo PL.
Por fim, o PODEMOS segue vivo com a possibilidade de lançar como pré-candidata a prefeita a ex-deputada estadual Dione Hashioka, esposa do atual deputado estadual e ex-prefeito de Nova Andradina Roberto Hashioka (União Brasil). Já o MDB, que elegeu Gilberto Garcia em 2008 e Roberto Hashioka em 2012, também não descarta uma candidatura própria em 2024, tendo o vereador Fábio Zanata como principal nome.
Por mais que o cenário comece a se desenhar dessa forma, a possibilidade de composições entre os partidos, para a formação de chapas com candidato a prefeito e a vice, deve alterar o tabuleiro. A nível estadual, por exemplo, PSDB e MDB já ensaiam dobradinhas em diversos municípios. Além disso, ano que vem abre a chamada janela partidária, ocasião em que os vereadores poderão trocar de partido sem a possibilidade de perda do mandato.
