A articulação nacional entre PSDB e Podemos tem provocado incertezas entre lideranças tucanas no Mato Grosso do Sul. O governador Eduardo Riedel e seu antecessor, Reinaldo Azambuja, avaliam deixar o partido. Outros nomes do ninho, a exemplo de deputados estaduais, federais e prefeitos do interior, também avaliam o desembarque.

Em Nova Andradina, a possível debandada ameaça a estabilidade da sigla. Atualmente, o PSDB comanda a Prefeitura, com o médico Dr. Leandro Fedossi, e detém três cadeiras na Câmara: Alemão da Semente, Naleu da Casa Verde e Deildo Piscineiro. A permanência desses quadros no partido, porém, dependerá do desfecho da fusão.

Segundo a legislação eleitoral, parlamentares só podem mudar de sigla sem risco de perda de mandato em casos de fusão ou incorporação. Se a união entre PSDB e Podemos não for efetivada, a troca só poderá ocorrer na janela partidária de 2028.

Com o movimento de saída de tucanos e a possível migração para o PL, o partido liderado nacionalmente por Valdemar Costa Neto pode se fortalecer no município. Em 2024, apesar de compor a chapa majoritária com o vice-prefeito Arion Aislan e investir R\$ 290 mil do fundo eleitoral, o PL não conseguiu eleger nenhum vereador. O desempenho ficou aquém das expectativas: foram apenas 972 votos — média de R$ 298 por voto.

Agora, com o esfacelamento tucano e o possível ingresso de lideranças vindas também do Podemos, o PL vê a oportunidade de romper sua ausência na Câmara Municipal. Aliados ouvidos pela reportagem apostam na chegada de nomes com histórico de votação expressiva para fortalecer a base partidária e disputar as próximas eleições em melhores condições.

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