Publicado em 03/04/2023 às 14:45, Atualizado em 05/04/2023 às 17:57

Blackjack: onde a matemática encontra a estratégia

Redação Nova News,
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Imagem: Pixabay

O Brasil vive uma onda avassaladora de entretenimento online. Não apenas com as plataformas de streaming, que vem ocupando cada dia mais espaço, mas também com as de entretenimento digital, que oferecem comodamente alguns grandes sucessos. Dentre eles, o famoso jogo de cartas blackjack.

E o melhor jeito de jogar blackjack é mesmo através de uma operadora de jogos online. Lá, sempre dá para encontrar companheiros para praticar, ou jogar sozinho, se preferir. E muitas dessas plataformas têm escolinhas virtuais, que permitem treinar um pouco antes de partir para o jogo sério. E, ao contrário do que muitos imaginam, o blackjack não é apenas sorte. Na verdade, o componente aleatório tem uma participação bastante modesta, deixando para o jogador uma boa parte das decisões que podem trazer o sucesso.

Por isso é comum dizerem que o blackjack é o jogo em que a matemática encontra a estratégia. Veja por quê.

Para quem não sabe, a essência da modalidade é tentar formar uma soma de cartas com um valor mais alto do que a soma do crupiê (também chamado dealer), porém sem ultrapassar 21. Um jogo perfeito é formado por uma carta de valor 10 (qualquer figura – valete, dama ou rei – e o próprio dez) e um ás (que vale um ou onze, sempre o que for mais conveniente). Essa combinação de dez e ás leva o nome de blackjack, e paga uma remuneração de 3 para cada 2 apostados.

Aqui já é possível notar onde entra a matemática – na soma das cartas. Mas não apenas. Há também a área das probabilidades, que desempenham um fator preponderante no jogo. Por exemplo, suponha que o dealer deu as cartas a todos os jogadores (que são dadas abertas) e para si (pela regra, uma aberta e uma fechada). A carta aberta do crupiê é um ás. Considerando todas as cartas abertas na mesa, qual a probabilidade do dealer ter um dez na carta fechada e, portanto, fazer um blackjack?

Aqui vamos entrar na estratégia. E ter uma estratégia é fundamental em todas as áreas da vida, desde um jogo de futebol até políticas públicas de geração de emprego. Não é diferente no blackjack. Voltando ao exemplo acima: analisada a probabilidade de um blackjack do dealer, você tem uma decisão estratégica a tomar, de comprar ou não um seguro. Não estamos falando de uma apólice, mas sim de uma jogada especial, na qual se paga metade do valor da aposta para se proteger de um blackjack do dealer. Se ele de fato acontecer, seu seguro garante o retorno na aposta.

Outra jogada especial que pode ser usada estrategicamente é o split, ou dividir. Quando um jogador recebe duas cartas de mesmo valor, ele pode optar por dividi-las em dois jogos, apostando no segundo jogo o mesmo valor do primeiro. E, a partir daí, cada jogo corre de maneira independente. A questão é avaliar se o split vale a pena. Se forem dois 10, ou dois ases, certamente vale, porque há grandes chances de um blackjack em pelo menos um. Mas se forem dois 2 ou 3... talvez não seja a melhor estratégia

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Imagem: Pixabay

Uma terceira estratégia possível é, simplesmente, desistir. No blackjack há a possibilidade de sair logo após as cartas serem dadas, perdendo metade do valor da aposta. Parece ruim, mas perder metade é melhor do que perder tudo. Estrategicamente, é a melhor saída em caso de cartas muito ruins. Mas antes de correr, considere quanto baralho ainda resta. Se o baralho é novo, ainda há muitas cartas para serem jogadas, e a probabilidade de se conseguir remendar a mão é maior. Outro fator é se uma de suas cartas for um ás, que pode mudar de valor sempre que você precisar – de um para onze, ou vice-versa. Normalmente uma mão com ás vale a pena ser jogada.

Sim, ainda haverá o componente da sorte, porque todas as plataformas trabalham com o sistema RNG (Random Number Generator) para distribuir as cartas. Mas o sistema é aleatório para todos – jogadores e dealer. Portanto, a estratégia e a matemática podem ser o diferencial.