Publicado em 08/06/2021 às 14:45, Atualizado em 08/06/2021 às 18:46
A Confederação Brasileiro de Futebol – CBF – sempre se escondeu atrás do sucesso de nossa seleção, que é uma das maiores vencedoras de Copas do Mundo desde a sua criação, para ganhar dinheiro e sistematizar um anacrônico esquema de corrupção e outros tipos de escândalos.
No último domingo dia 06/06, o atual Presidente Rogério Caboclo foi afastado por 30 dias, acusado de assédio sexual, mantendo, infelizmente a linha condutora de administrações desastrosas na entidade maior do futebol brasileiro.
Na esteira deste crítico momento, há de se ressaltar que a relação do atual técnico da Seleção o Tite, assim como dos jogadores, com Caboclo é de intenso desgastes, sobretudo pela decisão repentina de realizar no Brasil a Copa América. Por essa razão, sabendo que o Tite e os jogadores não concordam com tal decisão, o mandatário já se movimentava para demitir o Tite e contratar Renato Gaúcho.
Dizem, por outro lado, que o Presidente Jair Bolsonaro imitou o ex-Presidente Médici e pediu a cabeça do técnico da seleção, porém, com o afastamento de Caboclo, Tite, que está invicto nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, ganha um fôlego e se sustenta no cargo.
Sempre procuro separar a Seleção Brasileira de Futebol, da entidade CBF. De tal ordem que o que está em discussão nas manchetes mundo a fora é a CBF.
Quase sempre chafurdada em esquemas de corrupção, a CBF montou um forte esquema com as Federações Estaduais, anulando qualquer possibilidade da formação de uma liga de futebol independente da Confederação.
A linha de gestão da CBF, assemelha-se a uma melancia, cujas fatias são distribuídas a cada uma das federações estaduais e assim a música toca, como um samba do crioulo doido.
Basta ver que os clubes brasileiros estão, sem exceção afundados em dívidas milionárias, oriundas de má gestões e corrupção com o dinheiro dos clubes, imitando o péssimo exemplo da CBF.
É nesse universo de equívocos que nosso futebol se afunda, desprezando uma das maiores paixões de nosso povo.
É óbvio que o problema da CBF é estrutural. Três presidentes banidos, o quarto, filhote dos três, metido em escândalos de assédio e outras trapalhadas. O mais grave, como já pontuei, são os Presidentes dos clubes que vivem pendurados na CBF e compactuando com o desmando no futebol brasileiro.
Realizar a Copa América no Brasil em período pandêmico, decido na última hora a toque de caixa é absolutamente inadequado, estão certo os jogadores e o técnico, todavia, essa mobilização dos jogares chegando a sugerir o boicote, é algo que não entra na cabeça de ninguém, mesmo porque, trata-se de uma elite de jogares que são mais europeus do que brasileiros nesta altura dos acontecimentos, ou seja, “casa que não tem pão, todo mundo reclama e ninguém tem razão.”
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista.