Publicado em 27/01/2020 às 16:42, Atualizado em 27/01/2020 às 20:46
A próxima Copa do Mundo de Futebol será em 2.022 no Catar, a primeira a ser realizado no Oriente Médio. Para chegar lá, no entanto, a Seleção Brasileira precisa disputar as eliminatórias e conquistar uma vaga. A estreia será em março contra a Bolívia.
Cabe lembrar que desde 1.930, quando foi disputada a primeira Copa do Mundo no Uruguai, nosso País nunca ficou fora de uma edição. Seu currículo é extraordinário. Venceu cinco vezes. Foi vice duas vezes e em outras oportunidades, como foi o caso de 1982, não venceu, mas ficou marcada como uma seleção campeã moral pelo futebol ofensivo e bonito que apresentou.
A Seleção já nos deu muitas alegrias e até o privilégio de dizer que em alguns momentos praticou “aquilo que se pode chamar de perfeição no futebol”. Foi em 1970 quando nosso Seleção venceu todos os jogos das eliminatórias e todos os jogos da Copa. Não é saudosismo, é história e das boas.
Hoje, porém, a conversa é outra. Já não temos os mesmos craques. Já não bebemos na fonte de genialidade. Sequer temos os times de 1994 ou o de 2002. Mas ainda temos, isso sim, jogadores de qualidade espalhadas pelo mundo. Basta querer jogar na Seleção e ter comprometimento.
Em 2022, estará completando 20 anos que o Brasil conquistou seu último título. Faz tempo sim, mas é, por exemplo, um tempo bem diferente da Inglaterra que conquistou um único título no longínquo 1.966. Olha que os Ingleses inventaram o futebol e ostenta o campeonato nacional mais forte e competitivo do mundo. São 56 anos na fila e mesmo assim seus torcedores torcem e muito pela Seleção.
Estabelecendo outro paralelo, desta vez com um Clube, assistimos outro dia desses nosso glorioso Flamengo ganhar pela segunda vez a Libertadores. A primeira conquista foi em 1981. Um intervalo de 38 anos, com um detalhe importante, Copa do Mundo acontece de 4 em 4 anos e Libertadores tem todos os anos.
Contudo, conversando aqui e acolá com torcedores, percebo que a maioria estão céticos. Não acreditam em título no Catar. É uma relação cercada de passionalidade. Amor e ódio entre torcedor e Seleção.
O que se espera é garra e dedicação dos jogadores. O que se espera é um time jogando pra frente, com velocidade e equilíbrio. O time de 1982, por exemplo não ganhou a Copa, mas ficou na lembrança dos brasileiros, marcou uma época pelo futebol bonito que apresentou.
Vamos esperar a estreia da Seleção e aí, saberemos qual será o papel de nosso futebol no contexto mundial e qual será o humor do torcedor com a seleção.
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista