O Brasil em chamas. É uma pandemia em nossos biomas. Milhões de hectares já foram queimados em nosso Pantanal, incluindo o Pantanal de nosso Mato Grosso do Sul e do Estado de Mato Grosso.
Na Amazônia, milhares de focos de queimadas lambem a floresta, destruindo fauna, flora e tudo que tem vida.
O INEP é o principal responsável por monitorar e produzir dados sobre as queimadas em biomas brasileiros. Porém, o Instituto e o Governo, “riscam a faca” constantemente. Divergem, bate cabeça, trocam acusações e não produzem nenhum resultado juntos, unidos, ciência e Governo para solucionar ou pelo menos mitigar a grave questão.
Assim a valsa toca na “velha radiola”. Assim as queimadas aumentam no Pantanal e na Amazônia, mas também atingem outros biomas, como o Cerrado e a Mata Atlântica.
Pode se afirmar que a situação é extremamente grave e preocupante, especialmente porque não se tem notícias de um planejamento para o futuro. O fogo agora não pode ser o mesmo no futuro, sob pena do Brasil virar chamas e cinzas pra todo o sempre.
É triste constatar que o embate entre o Governo e a Ciência não produz soluções, ao contrário, produz ruídos, divergências, enquanto as chamas se alastram.
É evidente que não é somente no Brasil este cataclisma natural induzido pelo homem. Também é evidente que não se trata de algo simples de se resolver. Mas cada qual deve cuidar do seu pedaço o mais urgente possível.
Os ingredientes que compõem essa devassa são: divergências, conflitos ideológicos, falta de planejamento, desde outros governos e também agora, falta de fiscalizações e punições, e sobretudo falta de consciência.
Resta parabenizar os brigadistas. Homens e mulheres de diversas profissões que lutam para apagar as chamas e salvar os bichos molestados. No entanto, a questão principal é não deixar o fogo começar. Essa é a questão, desafio e obrigação do Poder público.
É preciso priorizar. Combater o desmatamento, promover o Desenvolvimento Sustentável. Tem muito falatório e poucas ações, nesta linha, certa vez Nelson Rodrigues escreveu: “Como é antigo o pensamento recente”.
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista
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