Publicado em 29/11/2021 às 16:02, Atualizado em 29/11/2021 às 20:06

“Em tempos do “faz de conta”, por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon,
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Foto: Divulgação

Vira e mexe nos deparamos com manchetes do tipo: “Estado (X) ou (Y) flexibiliza uso de máscaras em ambiente abertos.

Mera formalidade administrativa, porque na prática, a grande maioria das pessoas não usavam mesmo.

Na real, até mesmo especialistas, sempre afirmaram que não havendo aglomerações, máscaras em lugares abertos não fazem muito sentido, nunca foi prioridade na prevenção da Covid-19, a não ser que houver aglomeração.

O problema são os lugares (ambientes) fechados. Aí o bicho pega, literalmente.

Contudo, tenho andado por diversas cidade e via de regra, ninguém está usando as máscaras nem mesmo no comércio.

A fiscalização afrouxou de vez e a notícia recorrente é que grandes cidades, (com pequenas exceções), já anunciaram os foguetórios e shows do reveillon e o carnaval para 2022.

Outro ponto relevante é que muita gente tomou a primeira dose da vacina e fugiu da segunda dose. Outros, nem a primeira dose. Direito “quase” discricionário de cada um.

A dose de reforço, por sua vez, tem atraído pouco gente.

Não sei se é o caso de distorção comportamental, ou uma reação natural e intrínseca do ser humano, que graças a Deus já não vê pela TV tratores abrindo covas coletivas para receber, tristemente, irmãos e irmãs que se foram por falta de vacina. Naquele período vacina era ouro, vida, bem inatingível, era tudo.

Entretanto, queiram ou não, (com significativo atraso), o Governo disponibilizou o imunizante que hoje sobra nos postos de saúde, enquanto muitos resistem em tomar.

Contudo, as luzes amarelas acenderam novamente com o surgimento de novas cepas – Ômicron, por exemplo – O planeta está em alerta, mas as práticas são de “faz de conta”

Em meio a tudo isso, é gritante a inversão de valores, distorções e intolerância dos poderes constituídos, que fogem sistematicamente do foco dos problemas reais da sociedade.

Cumprir a lei é princípio básico da democracia. Porém, o cidadão está desacreditado de quase tudo. Desacreditado dos Poderes constituídos, inclusive do STF que favorece o descumprimento da lei, com seus perdões chocantes e absurdos, amaciando a vida de criminosos corruptos, diante de um silêncio pusilânime de parte da sociedade, que busca em Deus todo misericordioso, soluções para problemas coletivos de uma sociedade atroz. Portanto, fica difícil exigir cumprimentos de Decretos que exigem protocolos sanitários.

Elizeu Gonçalves Muchon

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