Publicado em 14/03/2022 às 09:37, Atualizado em 14/03/2022 às 13:48
Minha geração viu e ouviu o já falecido Médico Enéias Carneiro – candidato a Presidente da República três vezes – defender que o Brasil precisava urgentemente desenvolver armas nucleares. Bomba atômica ou bomba de hidrogênio.
Enéias era chamado de louco pela elite política da época, liderada por Fernando Henrique Cardoso.
Entretanto, Enéias explicava com absoluta razão (ao meu ver), que as bombas a serem construídas não eram para ser jogadas em ninguém, mas serviria para o Brasil se impor no cenário mundial. Ele resumia: quando se constrói bomba atômica o que se está dizendo é, “sou adulto, eu deixei de ser criança, não mexa comigo”.
Em suma, a bomba é um poderoso elemento de “geopolítica”.
Nas relações territoriais envolvendo os Estados Nacionais no plano internacional por meio das vias diplomáticas, ou seja, relações geopolíticas, fala grosso os países que possuem armamentos nucleares.
São pelo menos nove países, sendo que os Estados Unidos e a Rússia concentram cerca de 89,7% das armas, o que corresponde um total de 11.527 ogivas nucleares. O restante está nas mãos da China, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte.
A atual guerra entre Rússia e Ucrânia, é um exemplo claro daquilo que Enéias dizia. A Rússia, não iria se meter com a Ucrânia se ele tivesse em seu material bélico, armas nucleares. Entretanto, o que se vê é o contrário, todos temem e respeitam a Rússia, mesmo sabendo que ela, via seu Presidente desequilibrado, está completamente errado em invadir o território de outra nação e atropelar sua soberania e sua autonomia territorial.
Esse é um assunto que, com exceção de Enéias Carneiro, nenhum outro candidato a Presidente da República teve a coragem de colocar em seu plano de governo para ser apreciado pela população. Também se faz necessário pontuar que nenhum Deputado Federal ou Senador, tenha provocado a possibilidade de se fazer uma consulta popular por meio de um plebiscito para saber a opinião do povo brasileiro.
É mister lembrar, que o Brasil não tem representatividade no Conselho da ONU. Se a artilharia de alguém se voltar contra o Brasil, que é um verdadeiro continente, um paraíso na terra, com riquezas naturais, grande fonte de energias, terras férteis, um verdadeiro gigante capaz de se tornar uma potência econômica, basta ver o protagonismo do agronegócio, se isto acontecer estaremos fritos.
Creio, infelizmente, que as gerações futuras vão pagar muito caro pela miopia política e pelo discurso demagogo daqueles que alegam que não se deve construir armas, mas sim escolas e hospitais. É evidente que é preciso construir Escolas e Hospitais, assim como é preciso construir um monte de outras coisas, que cada vez estão mais sucateadas e mambembes. Porém, não se pode viver à mercê da ganância alheia que diante da vulnerabilidade do Brasil, poderá chegar, entrar como quiser, pois, nossas Forças Armadas, não passam de instituições falidas e sem armamentos capazes de protagonizar a segurança nacional.
A história da civilização é marcada por disputas por poder, disputas por territórios e os “exércitos” mais preparados levam vantagem. Até mesmo nos textos bíblicos, encontramos os registros de guerras “necessárias”.
Assuntos delicados como esse, passam longe do debate político no Brasil. Por esta razão, Enéias Carneiro foi pioneiro e único a defender a construção de armas nucleares. Ele tinha razão e, se o Brasil não acordar, saibam que a Amazônia será o primeiro alvo, “supostamente está na mira da França”, pela proximidade da Guia Francesa. Anotem aí.
Elizeu Gonçalves Muchon.