Publicado em 14/08/2020 às 08:46, Atualizado em 14/08/2020 às 12:52

“Futebol sem público”, por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon ,
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Foto: Divulgação

Futebol sem público é o mesmo que churrasco sem sal. Mas, a urgente necessidade de os clubes receberem alguma grana – principalmente da TV – gerou uma enorme pressão para o início do Brasileirão.

O início do Brasileirão 2.020, portanto, é um exemplo das adaptações exigidas pelos controles sanitários, para voltar ao trabalho e ao mesmo tempo não se contaminar. Está funcionando? Parece que não.

A ausência de público, torna os jogos insossos, mesmo que os jogadores demonstrem não terem perdido a motivação, até porque precisam receber seus salários. Quando mexe no bolso a coisa muda.

Tenho para mim, que o Brasileirão 2020 entrará para a história como o “Covidão – 20”, estigmatizado por vários jornalistas, sabiamente, diga-se de passagem.

Olhando no túnel do tempo, nos faz lembrar o ano de 1.997. Naquele ano, a competição, (Brasileirão) ficou conhecido como Vergonhão 97. O motivo? Bom, o motivo foi a CBF permitir que o Fluminense e o Bragantino, que tinha caído, participassem da elite.

De toda forma, a bola nem começou a rolar e já foram detectadas algumas bizarrices, como o cancelamento de um jogo depois das equipes em campo. Coisas de várzea.

Jogadores e comissões técnicas cercados de médicos e cuidados acabam sendo contaminados pelo Covid – 19, imaginem a maioria da população, que vive à mercê da sorte e a espera de uma vacina.

Quanto a qualidade da competição, muitos se apreçam a dizer que Flamengo e Atlético Mineiro irão protagonizar a temporada. É esperar pra ver, tem muito Covidão para rolar.

Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista.

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