Não existe limite quando o assunto é a diversão da molecada, ou de adultos com alma de criança.
Foi pensando nisso que o mecânico José Roberto, de 54 anos, morador em Batayporã e proprietário de uma oficina mecânica instalada do lado da Lagoa do Sapo, viu dezenas de crianças, sem opções de brincar naquele espaço amplo e que agora está sendo revitalizado pelo Poder Público Municipal.
Zé Roberto diz que começou construindo os primeiros brinquedos para seus filhos pequenos, e que acompanhado por sua esposa, saía andando pelas ruas da cidade.
A maioria das engenhocas são construídas com materiais reciclados, como assentos de cadeiras de bar, peças de bicicletas, rolimãs e outros apetrechos geralmente descartados.
O mecânico foi criando formas e transformando aquilo que já era lixo em brinquedos, para fazer a alegria de dezenas de crianças que estão, geralmente no final do dia, ali, brincando com os pais.
A preocupação do idealizador dos brinquedos era a segurança e foi pensando nisso que antes mesmo de colocar as crianças para andar nas engenhocas, ele mesmo realizou testes nos aparelhos. “É preciso pensar em cada detalhe, principalmente na segurança. Sempre aconselho um adulto a andar junto, principalmente quando se trata de criança de pouca idade”, explica.
O mecânico lembra que o lugar era sujo, com mau cheiro e constantemente quando chovia, vivia alagado. Segundo ele, até animais mortos vinham parar no local. “Hoje vejo que nossa cidade está renascendo por aqui. Muitos pais e mães estão diariamente circulando com seus filhos, e, foi pensando nisso, que criei estes brinquedos para dar um pouquinho de alegria a eles. Crianças de toda parte da cidade e até das cidades vizinhas estão vindo”, conta ele orgulhoso.
José Roberto disse que está prestes a concluir mais um brinquedo e promete levar a molecada a loucura.
Trata-se, segundo ele, de uma Maria Fumaça, um trenzinho com capacidade para levar mais crianças e que em breve estará sendo testado.
Sobre os custos, ele conta que cobra uma pequena taxa para aqueles que têm condições de pagar. Já os que não tem condições, entram na brincadeira da mesma maneira.
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