Publicado em 10/11/2021 às 15:33, Atualizado em 10/11/2021 às 19:35
Quando a operação Lava Jato ganhou força, corruptos temiam, porque sabiam que NO MEIO CAMINHO HAVIA UM MORO/HAVIA UM MORO NO MEIO DO CAMINHO.
Advogados dos “réus”, apelavam no Supremo Tribunal Federal para os processos serem julgados em São Paulo, Brasília, etc.., menos em Curitiba. O Supremo por sua vez negava os pedidos. Determinava que os processos seguissem em Curitiba.
Cinco anos depois, o mesmo Supremo, vendo que teria de julgar os méritos desses processos, pois os mesmos já haviam corrido todas as instâncias inferiores, amarelou e optou por anular os processos e dar liberdade a dezenas de réus já condenados. Anular é a palavra. Bem confortável para os ilustres Ministros. Na prática, eles concordaram (tardiamente) com os pedidos dos advogados, de que os processos não deveriam ficar em Curitiba.
Era o fim da Lava Jato e o início da demonização do “herói Sérgio Moro”, que incomodou e mexeu com o brio de muitos Ministros, como por exemplo Gilmar Mendes, que, de defensor da Lava Jato, passou a ser crítico contumaz e responsável pelo início da desconstrução da maior e melhor operação em combate a corrupção no País.
Mais uma vez, agora no campo político, Moro pode se tornar uma pedra no caminho dos pretendentes a cadeira de Presidente da República. Além, evidentemente de outros cargos, como de Governadores, Senadores e Deputados, haja vista que um punhado de gente que estavam chafurdados até o pescoço no lamaçal da Lava Jato, hoje já estão se apresentando como candidatos e oráculos da verdade.
É uma gritante falta de parâmetros normativos que em sínteses, acabam permitindo e dando status de “ficha limpa” a quem não é. É a Lei no Brasil.
Será que vai haver uma pedra no caminho? Será?
Elizeu Gonçalves Muchon.