É óbvio que as pesquisas atuais mostram Lula e Bolsonaro liderando. Mas também é óbvio que há um vasto universo de eleitores que não votam “nem em Lula, nem em Bolsonaro.
Na média das últimas pesquisas mais recentes, verifica-se que cerca de 10% não votam em nenhum dos dois. Verifica-se igualmente, que cerca de 24% anulariam o voto e 5% votariam em branco. Sem contar com aqueles que respondem que não sabem em quem votar.
Somando, chega-se numa conclusão de que o “eleitorado nem nem”, congregam uma legião de pessoas que estão botando uma pulga atrás da orelha dos coordenadores de Lula e Bolsonaro. É vidente que eles sabem desse perigo nada oculto que ronda as eleições, bastando, apenas aparecer uma novidade convincente, diferente e sem rejeição para conduzir e seduzir essa parcela de eleitores e ameaçar a vitória dada como favas contatas, tanto por Lula como por Bolsonaro.
O difícil é aparecer “tal” novidade a essa altura. Todavia, esse tempo, até outubro, quando ocorrerá o primeiro turno das eleições, é uma eternidade em se tratando de eleições.
O imbróglio é que os partidos de centro não conseguem chegar a uma conclusão e definir sobre quem será o candidato. Uma parte dessa indefinição é por conta dos interesses regionais, outra parte é por conta de não surgir uma liderança com luz própria, sem precisar das estruturas dos partidos, como foi o caso do próprio Bolsonaro nas eleições passadas, ou de Collo de Melo que se elegeram sem estruturas partidárias e outras lideranças, assim como Enéias Carneiro que não se elegeu mas teve expressiva votação.
Enquanto isso, o eleitorado nem nem, continua na expectativa de uma alternativa no processo democrático amplo e com variadas possibilidades de escolha.
Até as eleições, tudo pode acontecer, inclusive nada.
Elizeu Gonçalves Muchon.
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