Publicado em 27/09/2021 às 08:58, Atualizado em 27/09/2021 às 13:01

“O futuro a Deus pertence”, por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon ,
Cb image default
Imagem: Arquivo Pessoal

Como cristão convicto, sempre acreditei que o futuro a Deus pertence. Mas também acredito que a ação do ser humano é fundamental para as coisas acontecerem. Sempre precisamos fazer a nossa parte.

Desta forma, compreendo que o futuro do Brasil, a Deus pertence. Entretanto, é necessário saber como vai agir o eleitor brasileiro nas próximas eleições (2.022), que vão eleger homens e mulheres responsáveis pelo futuro do nosso País.

Tenho conversado com muitos políticos experientes do (MS). Os simpatizantes de Lula, já dão como certa sua volta ao Palácio do Planalto. Convicções amparadas pelas últimas pesquisas.

Outros ligados ao Presidente Bolsonaro, acreditam em sua reeleição e ponto final.

Por outro lado, um número considerável de políticos, afirmam que uma simples desistência de Bolsonaro a concorrer à reeleição, enterra todas as chances de Lula, que não teria discurso para enfrentar alguém fora do ciclo de polarização.

Essa parcela de pessoas que ainda falam somente nos bastidores, reforçam a tese de que esse discurso do Lula de Culpar a Lava Jato pela derrocada econômica do País é no mínimo ingênua. Não cola. Ele quer reescrever a história da corrupção – afirmou um velho político do MS. – e continuou: culpar a Justiça pelos prejuízos econômicos do País, é como culpar um médico que diagnosticou o paciente, pela doença.

Lula bate no peito e diz que foi inocentado, quando até as galinhas sabem que seus processos e sentenças foram anuladas e devolvidas para o Ministério Público, em uma decisão do STF, muito discutida no meio jurídico. Não houve absolvição.

Contudo, Lula é uma liderança de se tirar o chapéu. Sabe fazer campanha. Mesma assim, é quase unanimidade, que uma desistência de Bolsonaro, irá automaticamente viabilizar um nome capaz de um discurso e uma postura despolarizada, que pode derreter as esperanças do PT em voltar ao poder.

O difícil é Bolsonaro desistir, embora dizem que já tenha admitido essa hipótese, em troca de proteção judicial.

O centrão, que domina a política e tem sido o fiel da balança nas últimas décadas, costura justamente esse senário, porém, encontram dificuldade em vislumbrar um nome para terceira via, coisa que só deve acontecer em março do ano que vem. Até lá, estão abertas as temporadas de especulações.

Uma coisa é certa, o futuro a Deus pertence, mas os eleitores serão os instrumentos para definir esse futuro. Estou quase acreditando que todo mundo está meio equivocado e o centrão é que está certo. A que ponto chegamos.

Elizeu Gonçalves Muchon

[email protected]