Publicado em 08/11/2020 às 21:43, Atualizado em 09/11/2020 às 00:48

"O peso de um dedo!", por Rosildo Barcellos

Rosildo Barcellos,
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Podemos inaugurar uma nova etapa na relação de políticos e eleitores. A função de vereador vem eivada de novas acepções da palavra. Diante de um emaranhado de conflitos, promessas e ilusões, a hora de dizer não a políticos que estão desalinhados com nossos anseios: está próxima!

O vereador é o fiscal mais próximo dos atos do prefeito na administração dos recursos do município em função do orçamento. Em suma é o mediador entre o povo e o prefeito. Acontece comumente em campanha os candidatos prometerem obras e realizações em suas áreas de domínio, fazendo o eleitor confundir sua função com a do chefe do Executivo.

Isso posto. não devemos tratar este cargo como uma profissão, mas transpor a questão financeira e vivenciar o que realmente a sociedade anseia e batalha, na busca de uma sociedade mais igualitária e mais justa. É dever do vereador ter essencialmente uma dedicação ao trabalho legislativo, participando no Plenário e nas comissões, sendo válido destacar que os eleitos deverão ter uma atenção especial aos eleitores, tanto nos pleitos coletivos como individuais, revendo projetos e programas de desenvolvimento municipal e encaminhando-os a quem de direito, verificar pessoas que fizeram bem a sociedade e homenageá-los devidamente, assim como ser porta voz do povo em suas atividades.

Não se trata, portanto, essencialmente de um debate moral; nem a tarefa imediata é a de despender energia convencendo quem já está desacreditado. O trabalho das forças é o de sempre: transformar as angústias conformistas em uma força de combate.

É bastante comum ouvir gente dizendo que vai é vender seu voto, principalmente para a escolha do Prefeito. Então surgem frases do tipo "Eu tô valendo 50 reais", "meu voto depende de quanto vão me dar", "é ano de eleição, tô precisando mesmo de uns materiais de construção"

Quem vende seu próprio voto não ganha nada com coisa nenhuma. O pagamento recebido será “ ouro de tolo,” é mais sem valor que a própria palavra do referido político; que está pagando pra você votar nele. Em média, um voto pode ser adquirido por R$ 100, significando R$ 2,00 por mês em quatro anos. Sendo o salário mínimo, desde fevereiro de 2020, de R$ 1.045,00 continuando o eleitor desempregado em decorrência do lento desenvolvimento de sua cidade... quanto sua família amargará pelo seu ato? Não espere ser atendido pelo prefeito que, na campanha te oferece “apenas” dinheiro. E se eleito a primeira coisa que faz é trocar de número de celular ou repassar para um assessor (que nunca mais lhe atende).

Por isso; esse momento da escolha, deve passar por um crivo especial e que eu denomino “acessibilidade de continuidade A decisão deve passar por um tripé : primeiro... se em sua história o escolhido tem o perfil de ser seu representante; em segundo lugar se o escolhido admite a acessibilidade (lembre-se : se é difícil encontrá-lo hoje, imagine depois de eleito) e por fim a terceira palavra: comprometimento. Exatamente, o candidato a ser escolhido deve estar comprometido com o que você acredita ser melhor para seu município e isso, tenho certeza: Depende de nós, depende dos números que pendularem no peso de seus dedos, em 15 de novembro !

*Articulista