Publicado em 26/10/2020 às 16:05, Atualizado em 26/10/2020 às 20:25

“O rei do futebol,” por Elizeu Gonçalves Muchon

Elizeu Gonçalves Muchon,
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Foto: Arquivo

Pelé, o nosso rei está completando 80 anos.

Era três de junho de 1.970, quando a Seleção Brasileira estreava contra a Tchecoslováquia (atual República Techeca), no estádio Jalisco, em busca do tricampeonato mundial de futebol.

O Brasil parou para ver a seleção jogar. Eu era um menino e mal sabia o estava acontecendo, mas lembro de ver a pela TV a seleção entrando em campo. O lance que ficou marcado em minha memória jovem, foi Pelé tentando marcar um gol antes do meio campo, a bola raspou a trave e não entrou.

Anos depois fui pesquisar sobre a Copa do Mundo 70 e entendi que neste jogo de estreia, Pelé, Rivelino e Jairzinho protagonizaram e garantiram um placar de 4x1. Mais que isso, constatei que aquela seleção ao vencer o tricampeonato mundial, também se consagrou como a melhor seleção de todos os tempos.

Era uma seleção de monstros sagrados. Entretanto, um dos jogadores parecia um Deus da bola. Coisa mágica, gigantesca, absolutamente extraordinária.

Não é à toa que recebeu o título de rei do futebol mundial, atleta do século, alguém acima de qualquer outro para todo o sempre.

É evidente que o jovem de hoje tem outros ídolos. Penso ser normal, mesmo porque nosso rei deixou os gramados faz muito tempo.

Acho uma tremenda bobagem ficar comparando Pelé com os craques de hoje. Apenas quero dizer que gostaria muito de ver Pelé em campo hoje, com gramados espetaculares, chuteiras maravilhosas, bolas fabricadas com alta tecnologia e tudo mais que os tempos modernos proporcionaram ao futebol.

Em 1.363 jogos, nosso rei fez nada mais nada menos que 1.281 gols. Tudo isso considerando a precariedade dos gramados, das bolas e tudo mais.

Realmente tudo é relativo e precisa ser contextualizado. Todavia, nosso futebol, nosso país, precisa reverenciar esse atleta que eternizou o Santos e a Seleção brasileira, além de fazer do Brasil um país conhecido no mundo. E não há momento melhor que agora em que ele está completando 80 anos. Esse é um senhor de respeito, um atleta extraordinário que ficará incrustado na história do futebol e do Brasil para sempre. Espero que sempre tenha um pai para explicar para os filhos quem foi Pelé.

Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista

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