Publicado em 18/08/2020 às 15:53, Atualizado em 18/08/2020 às 19:58
Que Deus seja louvado pelas chuvas que caíram, contudo, carcaças de répteis compõe o cenário devastador do Pantanal lambido pelas chamas.
Segundo dados técnicos, trata-se de uma área dez vezes maior que a Cidade de São Paulo, totalmente consumida pelas chamas, que, por óbvio sugiram por meio das mãos do homem, já que fogo natural é causado por raios, como não chovia, então não resta outra alternativa.
Por que? Essa é a pergunta. O que teria causado tamanha devastação nesse importante bioma?
Pesquisadores ainda não sabem se se trata de um período seco “pontual”, ou mudanças climáticas definitivas, mas garantem que degradações da Amazônia tem afetado, e/ou contribuído para a imensurável catástrofe.
O receio dos ambientalistas é que esse possa ser um “novo normal” para o Pantanal.
Não obstante ao incansável e heroico trabalho dos brigadistas, as chuvas foram fundamentais para amenizar o problema.
Por derradeiro, resta refletir sobre a responsabilidade do Brasil sobre a preservação da Amazônia, do Pantanal e das Matas Atlânticas, que garantem a saúde de nosso clima e a produção de oxigênio para manter a vida na terra.
Esse é sempre um assunto que torna os debates acalorados e até veementes, em defesa de pontos de vistas antagônicos, envolvendo questões econômicos e de preservação, ambas, perfeitamente capazes de serem conciliadas.
Os apócrifos de plantão nada contribuem para uma saída inteligente em busca do bem comum, no entanto, está faltando consciência e comedimento para debater com maturidade tão relevante questão.
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista.