Nesse momento crítico em que o Coronavírus – Covid – 19 chega sem pedir licença ao Brasil, todo cuidado importa e a prevenção não vai ser completa apenas se outros se preocuparem.

Alguns acham que é apenas uma marolinha, um exagero de preocupações, entretanto, tendo como exemplo outros país que já foram atingidos em cheio, ficou evidente que a situação é bem mais grave e preocupante do que se pensa.

Na esteira dessa pandemia, nos deparamos, no Brasil, com informações e atitudes desencontradas e confusas. Em um dia o Presidente da República aconselhou, em rede nacional, o povo a se cuidar, não se aglomerar e tomar medidas de prevenção. Pouco tempo depois, o próprio presidente estava no miolo de uma manifestação, fazendo tudo o que havia aconselhado a não fazer.

Se Moisés tivesse liderado seu povo dessa maneira, ninguém havia chegado à terra prometida.

Sobrou até para o Mandetta, Ministro da Saúde. O presidente chamou a atenção do Ministro, alegando que ele está apavorando o povo e causando histeria.

Há momentos que os posicionamentos políticos têm de dar um passo atrás e deixar os setores técnicos tomarem as decisões.

Como toda ventania arranca telhados, a preocupação com o Coronavírus ultrapassa os limites das questões de saúde e atinge em cheio as questões econômicas.

O Banco Central abaixou o juro Selic. Já se fala em recessão. Economistas garantem que a inflação vai subir. O próprio Governo já revê a taxa de crescimento do PIB, prevista para 2% em 2020. Alguns economistas dizem que o crescimento deve patinar na casa de um ponto e (alguma coisa).

Sinto as pessoas preocupadas, encolhidas e com temor, à espera de novas notícias. A precaução é importante, mas o clima de pânico não pode tomar conta, pois se isso acontecer outros danos podem acometer a sociedade.

Você vai lavar as mãos? Creio que sim, mas não estou falando de lavar as mãos como Pilatos fez, e sim lavar as mãos com água e sabão o tempo todo. Assim vamos superar mais essa crise.

Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista

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