Publicado em 02/11/2025 às 14:28, Atualizado em 04/11/2025 às 17:41

Por que motoristas das categorias C, D e E precisam realizar o exame toxicológico?

Conheça algumas obrigações dos condutores para manter a segurança e responsabilidade no volante profissional

Matheus Mesquita,
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Imagem: Freepik

A segurança nas estradas brasileiras depende de uma série de fatores, e um deles é a capacidade plena do motorista de exercer suas funções sem interferência de substâncias psicoativas. Por isso, o exame toxicológico se tornou uma exigência essencial para condutores profissionais das categorias C, D e E, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Trata-se de uma ferramenta importante de prevenção e cuidado com a saúde dos motoristas e com a segurança de todos os usuários das vias.

O que é o exame toxicológico e como funciona?

O exame toxicológico é um teste laboratorial que identifica o consumo de drogas ou substâncias ilícitas por meio da análise de amostras de queratina, geralmente coletadas do cabelo, pelos ou unhas.

Diferente dos testes rápidos, que detectam o uso recente, o exame toxicológico avalia o histórico de consumo de substâncias em um período de 90 a 180 dias anteriores à coleta. Isso permite um panorama mais amplo sobre o comportamento do motorista, garantindo mais confiabilidade aos resultados.

O procedimento é simples e não invasivo: basta uma pequena amostra capilar para que o laboratório possa realizar a triagem e confirmar se houve uso de substâncias como cocaína, maconha, anfetaminas, entre outras. O resultado é sigiloso e entregue em poucos dias.

Quais são os tipos de exame?

Existem dois tipos principais de exame toxicológico: o admissional/periódico e o pré-renovação. O primeiro é exigido para motoristas profissionais que atuam em empresas de transporte e precisam comprovar periodicamente que estão aptos para exercer a função. Já o exame pré-renovação é obrigatório para condutores que vão renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D ou E.

Além disso, o exame também pode ser solicitado em processos seletivos de empresas do setor de transporte, garantindo que novos colaboradores estejam dentro das normas de segurança.

Quais condutores precisam fazer o exame toxicológico?

A exigência do exame toxicológico se aplica a motoristas habilitados nas categorias C (veículos de carga acima de 3,5 toneladas), D (veículos de transporte de passageiros com mais de oito lugares) e E (veículos articulados, como caminhões e carretas).

O objetivo é reduzir o risco de acidentes provocados por condutores sob efeito de substâncias psicoativas. Segundo dados de órgãos de trânsito, o uso de drogas no transporte de cargas e passageiros está relacionado a longas jornadas e fadiga extrema, o que aumenta a chance de ocorrências graves. Por isso, o exame tem caráter preventivo, protegendo tanto o motorista quanto a sociedade.

Quais os prazos para regularização do exame toxicológico?

De acordo com o CTB, o exame deve ser realizado obrigatoriamente no momento da renovação da CNH e, além disso, de forma periódica a cada dois anos e meio para motoristas com menos de 70 anos. Quem tem 70 anos ou mais deve seguir o prazo da validade da habilitação, que é de três anos.

O não cumprimento desses prazos pode gerar penalidades, incluindo multa, suspensão do direito de dirigir e bloqueio do prontuário até a regularização do exame.

Como e onde fazer o exame toxicológico?

O exame toxicológico em São Paulo pode ser realizado em laboratórios credenciados pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). O processo é rápido, seguro e pode ser agendado online. Um exemplo é o exame toxicológico da Toxicologia Pardini, que oferece coleta em unidades parceiras e análise de amostras com alto padrão técnico, seguindo protocolos reconhecidos internacionalmente.

Durante o agendamento, o motorista deve apresentar documento com foto e informar sua categoria de habilitação. Após a coleta, os resultados são encaminhados diretamente para o sistema do Detran, garantindo agilidade e sigilo.

O exame toxicológico é uma ferramenta de proteção à vida. Ele garante que profissionais responsáveis pelo transporte de pessoas e mercadorias estejam em plenas condições físicas e mentais para exercer suas funções.

Cumprir com essa obrigação significa mais segurança nas estradas, mais responsabilidade no trânsito e um compromisso com o bem-estar coletivo. Mantê-lo em dia é, portanto, uma atitude de respeito com a própria profissão e com todos que compartilham as vias do país.