Publicado em 27/02/2020 às 08:12, Atualizado em 27/02/2020 às 12:24
Na noite desta Quarta-Feira de Cinzas (26), uma criança morreu vítima de atropelamento
Desde que o anel viário de Nova Andradina foi interditado devido à queda da ponte sobre o Córrego Umbaracá, no dia 16 de dezembro, o fluxo de caminhões e carretas aumentou de forma significativa no centro de Nova Andradina, uma vez que, sem alternativa, a opção dos profissionais do transporte é trafegar pela área urbana da cidade.
Especialmente nos últimos dias, o tráfego tem se intensificado ainda mais devido ao pico da safra de grãos e é comum o flagrante de longas filas de carretas por trechos da Avenida Eurico Soares de Andrade (saída para Batayporã), Avenida Ivinhema, Rua Espírito Santo e Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade (saída para Ivinhema).
Os veículos cargueiros transportando toneladas de produtos disputam espaço com carros de passeio, ciclistas e pedestres, exigindo muita atenção da população local. Um morador da Avenida Ivinhema relatou ao Nova News que, em determinados momentos, há muita dificuldade em trafegar por alguns trechos da via a até mesmo em sair ou chegar com o carro em casa.
Na noite desta Quarta-Feira de Cinzas (26), uma criança de seis anos morreu atropelada por uma carreta no cruzamento da Avenida Antônio Joaquim de Moura Andrade com a Rua Espírito Santo.
O garoto, identificado com Erick Ferreira dos Santos, estava na garupa da bicicleta conduzida por sua irmã, uma adolescente de 16 anos. A garota foi socorrida com ferimentos e encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba.
Durante a realização dos procedimentos no local do acidente, populares atribuíram a morte da criança à interdição do anel viário e prometeram cobrar providências do Poder Público.
Sobre o anel viário, até o momento, não há previsão para sua liberação. Conforme apurado junto ao secretário municipal de Infraestrutura, Júlio Marques, em recente reportagem produzida pelo Nova News, um laudo técnico seria elaborado a definição de quais providências poderão ser tomadas com relação ao caso.
Segundo ele, uma das possibilidades seria a recuperação da mesma ponte. Outro caminho apontado pelo secretário seria a construção de uma nova ponte maior, com pelo menos 25 metros de extensão.
Naquela oportunidade, Marques pontuou, no entanto, que, seja qual for a opção adotada, outro aspecto crucial seria a recuperação da área no entorno da ponte, que se encontra degradada devido à ocorrência de erosões.
No mês passado, o governador Reinaldo Azambuja declarou situação de emergência em partes das áreas rural e urbana de Nova Andradina, afetadas por chuvas intensas em dezembro, que provocaram a queda da ponte do anel rodoviário.
O decreto foi publicado no dia 21 de janeiro no Diário Oficial do Estado.
A Defesa Civil atuou orientando e fazendo o trabalho técnico documental. O reconhecimento da situação de emergência abre possibilidade de o Poder Público pleitear recursos para dar resposta ao desastre.