Na última terça-feira (07), o Nova News noticiou que, após 13 anos, a Minerva Foods havia desocupado a planta frigorífica existente no município de Batayporã. A unidade, que chegou a gerar cerca de 700 empregos, está sem produção desde julho de 2015.
Na ocasião, o responsável pela unidade, Ademar Capuci, disse que o que havia de oficial até aquele momento era a retomada da planta e o início das obras de manutenção, sem uma previsão de reativação da indústria.
Já na manhã desta quinta-feira (09), outro responsável pela unidade, Rogério Capuci, filho de Ademar, recebeu a reportagem do site para anunciar oficialmente que a família decidiu reativar a indústria que, antes, precisará passar por uma reforma completa.
Rogério rebateu informações divulgadas por alguns veículos de comunicação de que empresas de outras regiões de Mato Grosso do Sul e até mesmo de São Paulo estariam se articulando para tocar a unidade. “São notícias sem procedência”, disse.
Ele explicou que a Família Capuci, que já conta com décadas de tradição no mercado da pecuária decidiu reativar o frigorífico. “Vamos fazer isso em parceria com o mercado internacional, pois queremos reabilitar esta indústria para exportação, deixando a planta apta a cumprir com todas as exigências do mercado externo”, garantiu.
Rogério detalhou que as instalações estão sucateadas e que uma força-tarefa está sendo realizada para a manutenção do imóvel. “Estamos fazendo uma limpeza geral, reformando o setor administrativo, vamos reconstruir as partes que foram destruídas pelo incêndio ocorrido em agosto de 2015, providenciar adaptações com relação à acessibilidade, pintura completa dos pavilhões e outros serviços”, detalhou.
Reportagem acompanhou o início dos trabalhos de recuperação da planta frigorífica - Imagens: Acácio Gomes / Nova News
Capuci disse ao Nova News que a previsão para reconstrução do abate (área quente) é de seis meses. Já a área fria deve ficar pronta em aproximadamente 10 meses. “Além da parte física, também precisamos viabilizar e atualizar licenças ambientais, certificados de inspeção e demais trâmites burocráticos. Temos que colocar tudo isso em dia”, afirmou.
Nas palavras dele, após a conclusão dos trabalhos, a intenção é rodar a planta frigorífica com a média de 600 a 800 abates por dia, o que deverá gerar mais de 600 postos de trabalho. Rogério, inclusive adiantou que pessoas interessadas em trabalhar no frigorífico podem encaminhar seus currículos para a Casa do Trabalhador, o antigo Ciat, que fica na Avenida Brasil, 2064, centro, telefone (67) 3443-2576, sendo que, de forma inicial, haverão algumas contratações para o quadro de profissionais da manutenção.
“Vamos priorizar Batayporã. A mão de obra será preferencialmente aqui da cidade, bem como as aquisições de produtos e mercadorias deverão ser efetuadas no comércio local. Apenas buscaremos fora aquilo que não encontramos no município ou que não estiver com preço considerado justo”, explicou.
Embora a previsão de operação seja para o final do ano, Rogério disse que a mobilização das últimas semanas já começa a gerar alguns empregos, como de seguranças, pedreiros, roçadores e uma equipe que realiza os levantamentos patrimoniais. Ele aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio da Prefeitura Municipal que colabora com a limpeza das instalações.
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