Uma moradora do Distrito de Nova Casa Verde, identificada como Kelly, expressou sua indignação em um vídeo divulgado pelo Nova News após precisar retornar de Uber do Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba em Nova Andradina com sua filha acidentada. De acordo com Kelly, a corrida custaria R$ 170.
Kelly relatou que sua filha sofreu um pequeno acidente e foi atendida pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que fez o transporte ao hospital em Nova Andradina. Após o atendimento, por volta das 21h, Kelly se viu sem opção de transporte para voltar ao distrito onde reside. "Olha a hora que é, estou eu e minha filha, toda machucada. Isso é justo? Não é justo para a população de Casa Verde. Cadê o socorro que a gente tem lá?", desabafou Kelly no vídeo.
A publicação gerou uma onda de comentários e questionamentos de outros moradores do distrito. Uma residente no local indagou: "Entendo que deslocar uma ambulância não é tão viável. Mas e o suporte aos moradores de Casa Verde? Não tem um veículo na Saúde que poderia ajudar nestes casos?". Outro morador complementou: "O problema de Casa Verde é que só lembram de vir aqui para tirar foto e postar, ou quando vem pedir voto, no mais somos completamente esquecidos e desassistidos."
Procurado pela reportagem do Nova News, o secretário de Saúde, Luiz Eduardo, abordou o problema enfrentado pelos moradores de Casa Verde. "É um problema seríssimo de Casa Verde, mas ambulância SAMU e UTI são para urgência e emergência. Não tem como a ambulância ficar aqui na porta do Hospital Regional esperando o paciente ser liberado. Se acontece um atropelamento no Posto Gabrielly, por exemplo, e a ambulância está aqui aguardando, quem vai fazer o socorro lá em Casa Verde? É difícil. O problema de Casa Verde é transporte coletivo", explicou.
O secretário também destacou as limitações de recursos humanos e logísticos da secretaria. "Ambulância e carro baixo são a mesma coisa. Hoje, a saúde não tem como deixar um carro 24 horas no hospital. Eu não tenho plantão para carro à noite. Eu precisaria de pelo menos mais uns 20 motoristas na minha equipe para fazer essa rotatividade. Meu motorista que vai para Campo Grande de madrugada, volta à noite e no outro dia de madrugada ele tem que pegar o carro e ir para Campo Grande de novo. Hoje, a Secretaria de Saúde não tem equipe suficiente para esse serviço", afirmou Luiz Eduardo.
Ele concluiu destacando a abrangência do atendimento do SUS. "O SUS é para todos, então a paciente que mora a cinco quadras do hospital também deve ser atendida do mesmo jeito", finalizou.
A situação expõe a carência de assistência adequada para os moradores do Distrito de Nova Casa Verde, especialmente em casos de retorno após atendimentos médicos de emergência em Nova Andradina.
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