Mato Grosso do Sul registrou aumento de áreas com desempenho abaixo do esperado nesta semana, segundo boletim da Aprosoja (Associação de Produtores de Soja e Milho) e da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) divulgado nesta sexta-feira (21), em levantamento que avaliou municípios produtores e indicou impacto direto das variações climáticas no início da safra.
A atualização mostrou que 19,8% das lavouras ficaram em condição regular porque a região sul enfrentou chuvas irregulares e oscilações de temperatura durante o período. A análise apontou que esses fatores prejudicaram o desenvolvimento das plantas e interromperam o ritmo ideal do ciclo.
O relatório classificou 80,1% das lavouras do sul como boas, pois parte ampla das áreas manteve estrutura satisfatória e avançou dentro do padrão previsto, o que confirmou desempenho acima da média observada nas áreas mais afetadas.
A concentração de condições regulares ocorreu principalmente em municípios como Dourados, Caarapó e Fátima do Sul, que sentiram com maior intensidade as oscilações do clima. O solo respondeu de forma desigual ao volume de chuva, e a irregularidade da distribuição reforçou a restrição no crescimento das plantas.
As informações técnicas mostraram que a variação de temperatura pressionou as lavouras, porque o aumento do calor reduziu a umidade disponível e dificultou a adaptação das plantas em fase inicial. A falta de chuvas contínuas também agravou a situação, já que a região depende de regularidade para a manutenção do ciclo. Essa combinação impediu melhora imediata no desempenho e ampliou a diferença entre o sul e outras regiões do Estado.
O boletim destacou que norte e centro permaneceram com mais de 90% das áreas classificadas como boas, porque não enfrentaram o mesmo nível de instabilidade climática registrado no sul. Essa diferença evidenciou que a região mais afetada iniciou a safra com maior vulnerabilidade e exigiu monitoramento ampliado das equipes. Os dados reforçaram a necessidade de acompanhamento técnico constante para evitar queda maior no desempenho ao longo das próximas semanas.
A análise final indicou que a recuperação das áreas depende da retomada das chuvas e da estabilização das temperaturas, pois essa combinação favorece o avanço do ciclo e reduz o risco de impacto prolongado. O relatório também lembrou que a região sul representa parcela significativa da produção estadual e precisa de condições climáticas mais uniformes para alcançar o potencial estimado.





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