A juíza Izabella de Assis Trad, responsável pela comarca do município de Batayporã, determinou a prisão preventiva dos três envolvidos na tentativa de furto a um caixa eletrônico do Banco Bradesco, no último sábado (07) no município.
A decisão da magistrada ocorreu no final da tarde desta segunda feira (09), após os criminosos passarem por audiência de custódia.
Já no domingo (08), o delegado Diego Henrique, que se encontrava de plantão no dia dos fatos, havia pedido ao Poder Judiciário a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva com relação ao trio.
Dos três envolvidos, dois deles tiveram como representantes de defesa advogado de Santa Catarina. Já o outro, teve como defesa um defensor público.
A investigação
Nesta segunda-feira (09), no intuito de angariar mais elementos de informação sobre os momentos que antecederam o crime, no âmbito de diligências da Polícia Civil junto à estabelecimentos comerciais de Nova Andradina e Batayporã, verificou-se que os 03 flagranteados estiveram hospedados em um hotel da região.
No hotel, a equipe foi recebida pela gerência, que indicou que dois dos envolvidos chegaram na unidade em 07/01/2023, após o almoço, utilizando-se do veículo VW/GOL, e ficaram hospedados juntos no quarto 18.
Já o outro envolvido teria chegado mais tarde, com o veículo FIAT/Siena, e teria se hospedado sozinho no quarto 11.
No veículo Siena, foram encontrados elementos de informação que apontam para outro possível integrante do grupo, além de bolsas no porta malas, contendo roupas, mais ferramentas e chaves mixas.
Por meio de pesquisas abertas ao público, verificou-se a existência de ações penais com relação a todos os presos em Batayporã, pela prática de furtos similares ao investigado, bem como investigações policiais em diversos Estados da Federação.
Desta maneira, foi confirmada a suspeita inicial de que os flagranteados são profissionais no exercício de atividade criminosa, em especial, de subtração de grandes valores, depositados em instituições financeiras.
Com efeito, há somatória de elementos de informação apontando no sentido da existência de organização criminosa capitalizada, vascularizada, atuante em diferentes Estados da Federação, da qual os integrantes tem se aproveitado das brechas legais para praticar crimes enquanto respondem em liberdade às ações penais ou cumprem execução da pena em regime brando.
Em resumo, a investigação desencadeada em Batayporã será capaz de esclarecer outros delitos executados em outras cidades de MS, bem como em outros estados.
Outro fato que chamou a atenção da Polícia Civil, é que antes mesmo da chegada dos envolvidos escoltados à delegacia, já entravam em contato vários advogados, de Paraná e Santa Catarina, que se apresentavam como defensores dos conduzidos e exigiam informações acerca do fato, motivo pelo qual suspeitou-se que o grupo pudesse contar com mais algum integrante, que teria permanecido como olheiro da empreitada e pode ter logrado êxito em fugir.
A imediata intervenção reforçou os indicativos da capacidade operacional e suporte externo dos agentes, pois já estavam previamente preparados para eventual prisão em flagrante, na pior das hipóteses.
Em suma, tratou-se de ação criminosa estudada, verdadeiramente planejada, mas as forças policiais mais uma vez tiveram sucesso em manter a segurança e a paz pública. O poder judiciário decretou a prisão preventiva dos 03 presos em flagrante, conforme a representação da polícia. Assim, ficarão presos por tempo indeterminado durante o processo.
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