Publicado em 24/10/2022 às 20:25, Atualizado em 25/10/2022 às 21:44
Autora confessou o crime e está recolhida à disposição do Poder Judiciário
Na tarde desta segunda-feira (24), o delegado da Polícia Civil de Batayporã, Caio Bazoti, anunciou a prisão preventiva da mulher acusada matar o idoso Anísio de Freitas Pedroso Filho, de 67 anos, localizado sem vida, na última sexta-feira (21), em um dos cômodos da casa onde residia, na Rua Valdir Sãovesso.
O delegado, que foi entrevistado pelo jornalista Acácio Gomes em nome do site Nova News, de Nova Andradina, e da Rádio Cidade FM, de Batayporã, detalhou as diligências que resultaram na prisão da suposta autora - o áudio da entrevista, que foi transmitida ao vivo pela emissora local, está disponível aqui. Outras informações também foram disponibilizadas em nota à imprensa.
“Desde o momento em que a Delegacia de Polícia de Batayporã foi acionada, a equipe policial não descansou até que o fato fosse devidamente esclarecido”, afirmou Caio.
Segundo ele, no local, constatou-se que o corpo do homem havia sido encontrado no quarto da casa, estava parcialmente carbonizado, sendo que havia marcas de incêndio no imóvel.
“Junto com os agentes da Polícia Civil, os agentes da Coordenadoria Geral de Perícias estiveram na casa, colheram dados e analisaram a dinâmica do ocorrido. Na oportunidade, foram apreendidos objetos que poderiam estar relacionados ao fato, inclusive, uma garrafa de vidro quebrada. Na sequência, o corpo de Anísio foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal, para confirmação por médico legista especializado de eventuais marcas de violência e definição da causa eficaz da morte. Assim, ainda se aguarda a emissão dos laudos técnicos a fim de que haja a definição de pontos imprescindíveis ao esclarecimento do ocorrido”, detalha.
Conforme a autoridade policial, a equipe constatou que as bocas do fogão da casa da vítima estavam todas abertas, e havia um forte cheiro de gás no local. “Foi realizado imediato fechamento das saídas de gás, objetivando a segurança dos agentes que faziam a varredura do local. Outro ponto notado, foi que a porta do imóvel estava aberta e a chave do lado de fora”, explicou Caio.
O delegado revelou ainda que, na sequência, familiares da vítima apontaram que não havia sido localizado um celular que era de propriedade de Anísio.
“Nesse contexto, desde a sexta feira em que o corpo de Anísio foi localizado, mais de 10 pessoas foram ouvidas na Delegacia de Polícia, entre testemunhas e suspeitos. Paralelo a isso, outras diligências foram realizadas para apurar os últimos momentos de Anísio e a localização do celular subtraído”, disse o delegado.
Ainda nas palavras da autoridade policial, nesta segunda-feira (23), com o apoio da SIG de Nova Andradina, a Delegacia de Polícia de Batayporã executou diligências no sentido de compilar as informações até então reunidas.
“Foram ouvidos na Delegacia de Polícia os indivíduos F.A. de O. (Patobi) e E.O. do A., que que tiveram contato com o celular da vítima após a data da morte".
A Polícia Civil informou que, após outras diligências feitas na sequência e a oitiva de outros suspeitos, foi identificada uma mulher G. A. da S. C., como principal suspeita. “Ao ser apresentada a todos os elementos obtidos, que provavam que ela esteve no local da morte de Anísio, a suspeita concordou em confessar formalmente o envolvimento no ocorrido”.
A acusada narrou que esteve na casa da vítima, com quem tinha um relacionamento esporádico, momento em que teve início um desentendimento entre eles.
Ela então teria se apoderado de uma garrafa, quebrou o recipiente no chão e, com um dos cacos, feriu Anísio na região do pescoço.
Para encobrir a dinâmica do ocorrido, a acusada abriu as bocas do fogão na cozinha, possivelmente para forjar uma explosão, retornou ao quarto onde o homem já estava desfalecido no chão, e ateou fogo ao colchão da cama. Na sequência, ela subtraiu o celular da vítima e fugiu do local, que já estava em chamas.
Diante dos elementos de informação colhidos até agora, a Polícia Civil de Batayporã indiciou G. A. da S. C. pelos crimes de latrocínio e incêndio majorado.
“Representamos pela prisão preventiva dela, que contou com parecer favorável do Ministério Público e foi deferida pelo Poder Judiciário”, concluiu o delegado ao acrescentar que a investigação terá sequência para o esclarecimento de todos os outros pontos necessários à completa elucidação do caso.
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