Publicado em 23/03/2023 às 15:52, Atualizado em 23/03/2023 às 20:10
M.E.C, diretor escolar acusado de importunação sexual com relação a alunas adolescentes da Escola Municipal Efantina de Quadros, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual, através da 1ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina.
Conforme apurou a reportagem junto ao MP, ele foi denunciado por assédio sexual, favorecimento à prostituição de adolescente e importunação sexual e segue afastado de suas funções, conforme medidas requeridas pela Delegacia de Atendimento à Mulher). Foi determinado também que M.E.C não pode estabelecer qualquer tipo de contato com as vítimas e familiares das mesmas e deve permanecer recolhido das 19h às 05h, incluindo folgas, finais de semana e feriados. O professor também não pode frequentar escolas públicas do município.
De acordo com o noticiado pelo Nova News anteriormente, M.E.C foi absolvido do PAD (Processo Administrativo Disciplinar) que pesava contra ele no final do ano passado.
O caso
Conforme noticiado anteriormente pelo Nova News, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Nova Andradina, instaurou, no dia 12/05/2022, inquérito civil para apurar eventual violação de princípios administrativos, consistentes em importunação sexual de alunas, cometida pelo diretor da Escola Municipal Efantina de Quadros.
No dia 09/05/2022, o Nova News havia recebido, por meio de seus canais de contato, denúncias sobre supostos episódios de importunação sexual de alunas adolescentes, sendo que, na oportunidade, foram encaminhados também prints de supostas mensagens que o diretor teria enviado às estudantes.
Como as informações foram repassadas ao Nova News por adolescentes e seus responsáveis legais preferiram não se pronunciar sobre os fatos na oportunidade, o site decidiu não levar o caso a público naquele momento, acionando primeiramente a Promotoria de Justiça para as devidas apurações.
Assim que teve acesso ao material e às informações repassadas pelo Nova News, o promotor Paulo Henrique Mendonça de Freitas instaurou o inquérito civil para a apuração das denúncias, sendo que, de forma paralela, um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe de uma das adolescentes junto à Polícia Civil.
Logo após a divulgação da denúncia pelos órgãos de imprensa, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) informou que o diretor foi afastado de suas funções.
Posteriormente, foi instaurado PAD pelo prefeito Gilberto Garcia, com a finalidade de apurar se, de fato, ocorreram as transgressões narradas, sendo que, durante todo o processo, as partes foram ouvidas. Em dezembro de 2022, ele foi absolvido do PAD. Nos últimos dias, o MPE denunciou o professor por assédio sexual, favorecimento à prostituição de adolescente e importunação sexual, conforme apurou a reportagem junto ao órgão.