Teve início na manhã desta quinta-feira (24), no Fórum da Comarca de Ivinhema, o julgamento do Caso Vitória, que chocou o município e ganhou grande repercussão. Sob a presidência do juiz Rodrigo Barbosa Sanches, o Tribunal do Júri começou a analisar as acusações contra Nilton Fernandes de Souza e Lucas da Silva Cordeiro, réus pelo assassinato brutal de Vitória Rosa, de 15 anos, crime ocorrido em janeiro de 2022.
Conforme noticiado anteriormente pelo Nova News, o “Caso Vitória”, teve início em 25/01/2022, quando a garota havia desaparecido. Buscas foram feitas pelas autoridades em vários pontos do município, sendo que, o corpo da menor foi encontrado no dia 29/01/2022 em uma área de brejo. Ela teria sido vítima de estrangulamento ocorrido em uma casa abandonada.
As investigações conduzidas pela Polícia Civil apontaram os dois réus como autores do crime. Após a conclusão do inquérito, o processo foi encaminhado ao Ministério Público, que, por sua vez, ofereceu denúncia contra os acusados Lucas da Silva Cordeiro e Nilton Fernandes de Souza.
Diante dos fatos, o Poder Judiciário da Comarca de Ivinhema designou a realização do julgamento para o dia 24 de abril de 2025.
Com relação ao julgamento, os trabalhos tiveram início logo pela manhã. O Ministério Público Estadual é representado pelo promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki, que atua como autor da ação penal. Os réus respondem por homicídio qualificado - com quatro agravantes: motivo torpe, meio cruel, emboscada e feminicídio - e por ocultação de cadáver.
A sessão foi iniciada com a escolha dos sete jurados, a partir de uma lista de 22 convocados. Na sequência, os réus adentraram o salão do júri de cabeça baixa, com semblantes aparentemente tranquilos.
Dando início às oitivas, dois policiais civis que participaram das investigações foram ouvidos como testemunhas. Logo após, a delegada responsável pelo caso, Dra. Gabriela, também prestou seu depoimento, sendo questionada tanto pela acusação quanto pela defesa.
Por volta das 11h, o momento mais comovente da manhã, Luciane Rosa, mãe da vítima, foi chamada para depor. Muito abalada, ela chorou durante grande parte de sua fala, trazendo lágrimas também aos presentes.
“Minha filha nunca deu trabalho. Nunca imaginei que fariam isso com ela... No dia do ocorrido, ela disse que iria ao mercado às sete da noite. A vida da nossa família, nesses três anos, virou um bagaço”, desabafou Luciane, sendo amparada por familiares e amigos ao deixar o púlpito.
A expectativa é que o julgamento se estenda por todo o dia, com previsão de encerramento por volta das 22h. A comunidade de Ivinhema acompanha com grande atenção o desenrolar do caso, marcado pela comoção e pelo clamor por justiça. (Com informações do Ivi Notícias).
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