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Ivinhema: Militar acusado de matar jovem ganha liberdade e será submetido a júri popular

Policial terá que cumprir medidas cautelares até a realização de seu julgamento

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Crime ocorreu no pátio de um posto de combustíveis - Imagem: Arquivo / Reprodução

O policial militar acusado de efetuar disparos de arma de fogo, matando Gustavo Henrique Azevedo da Silva, de 19 anos, e ferindo outro jovem no mês de janeiro deste ano, em Ivinhema, teve sua liberdade concedida pelo Poder Judiciário, conforme publicação na edição desta terça-feira (08), no Dário da Justiça.

Na época dos fatos, o policial foi preso e flagrante, tendo sua prisão sido convertida em preventiva, porém, agora, levando em conta que o réu é residente em Ivinhema, é servidor público e como não há previsão para realização de seu julgamento, o Poder Judiciário revogou a prisão preventiva, que foi substituída por medidas cautelares.

O militar fica proibido de manter contato com a vítima que sobreviveu ao disparo e com seus familiares, bem como com familiares do jovem morto e com as testemunhas ouvidas no processo.

Conforme a decisão, o réu também não poderá exercer trabalho ostensivo como policial militar, bem como deverá manter o Poder Judiciário atualizado com relação ao seu endereço, permitindo a intimação dos atos processuais e fiscalização das medidas cautelares fixadas.

O réu fica ciente de que o descumprimento de qualquer das medidas cautelares implicará na decretação de sua prisão preventiva.

Segundo o documento, o policial responde pelo homicídio praticado contra Gustavo Henrique Azevedo da Silva e pela tentativa de homicídio contra outro jovem, devendo ser submetido, em data a ser definida, ao Tribunal do Júri.

O caso 

No dia dos fatos, o policial estaria no pátio do posto de combustíveis com três colegas, momento em que um deles teria se envolvido em um desentendimento com um grupo de rapazes. O militar disse que tentou separar a briga e, na sequência, chamou seus amigos para irem embora do local.

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Gustavo Henrique Azevedo da Silva, de 19 anos, não resistiu e morreu - Imagem: Redes Sociais

Pelo relato dele, quando todos estavam dentro do veículo, os jovens teriam cercado o automóvel. Nas palavras do militar, o agressor ainda teria feito menção de pegar algo na cintura, momento em que ele sacou sua pistola e efetuou um disparo.

Na sequência, o policial teria ido se apresentar junto ao Quartel da Polícia Militar, sendo que, segundo ele, quando se aproximava do local, indivíduos que estavam em uma VW Saveiro e em duas motocicletas, passaram atirando contra ele, que revidou os disparos, momento em que o grupo fugiu.

Já no interior do quartel, ele relatou o ocorrido e, na sequência, foi conduzido até a Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, sendo colocado à disposição da Justiça.

O jovem Gustavo Henrique Azevedo da Silva foi socorrido até o Hospital Municipal de Ivinhema com ferimento provocado por disparo de arma de fogo na região do tórax, sendo que ele não resistiu e entrou em óbito.

Foi constatado ainda que outro rapaz, baleado na altura da virilha, também havia sido levado até a unidade de saúde e estava internado, conseguindo se recuperar.

Questionado sobre os dois jovens atingidos, o policial militar teria dito que atirou apenas uma vez no pátio do posto de combustíveis e outra vez em frente ao quartel, alegando legítima defesa.

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