Policiais militares ambientais de Batayporã receberam denúncias, de que um caminhão com placas encobertas por sacos plásticos, estaria tombado em uma estrada vicinal, a cerca de 20 km da cidade de Ivinhema, e que a carga de madeira poderia estar sendo transportada ilegalmente.
Uma equipe foi ao local indicado nesta terça-feira (15), e encontrou o caminhão com a carga de madeira, em formato de toras, abandonado.
A equipe policial verificou que em um canavial, ao lado do caminhão, havia rastros que possivelmente seria do condutor do veículo.
Ao seguir a trilha, a equipe encontrou dois adolescentes deitados no canavial, que passaram a relatar que trabalham como diaristas em uma fábrica de carrocerias de madeira para veículos, de Ivinhema, e que seu patrão havia solicitado que prestassem apoio a um veículo da empresa que havia quebrado na estrada.
Os jovens foram levados pelo dono da empresa até o local e posteriormente seguiram até uma área de mata, onde as árvores já haviam sido derrubadas e ajudaram a colocar as toras no caminhão.
Os adolescentes informaram também que durante o percurso iam com o empresário em uma caminhonete na frente do caminhão (batedor), sendo que em determinado momento, o caminhão tombou.
O proprietário da empresa deixou os jovens cuidando da carga e evadiu-se do local.
O motorista do caminhão fugiu pelo canavial, com a chegada da equipe da PMA.
Os menores, já acompanhados pelos responsáveis, levaram a equipe até o local em que as madeiras foram extraídas, uma propriedade no município de Ivinhema, onde foi constatado que se tratava de área do bioma de Mata Atlântica (protegido por lei).
Posteriormente, os adolescentes foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, para prestar os esclarecimentos.
O veículo foi desvirado com uso de um guincho e foi apreendido junto com a madeira ilegal.
Os dois infratores foram identificados, sendo que o motorista (35) e o empresário (59), residentes em Ivinhema, foram autuados administrativamente e multados em R$ 7 mil, cada um. Eles também responderão por crime ambiental de exploração de madeira de bioma protegido de Mata Atlântica. A pena é de um a três anos de detenção.
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