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"Batalhão feminino": lideranças de Batayporã chamam a atenção em sessão solene

Além da vereadora Andrea Cruz retomar atuação parlamentar das mulheres na Casa de Leis, secretariado municipal é majoritariamente feminino e marca voz no Executivo

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Secretárias titulares e interinas se destacaram no plenário mostrando proporção da liderança feminina. Foto: Câmara de Batayporã

A representatividade das mulheres nos cargos de liderança em Batayporã chamou a atenção durante a sessão solene de abertura dos trabalhos legislativos, realizada na noite da última segunda-feira (3).

Após quatro anos sem a presença feminina na Câmara, a vereadora Andrea Cruz (PP), não apenas foi eleita, como conquistou a maior votação. Andrea também foi eleita para a mesa-diretora da Casa de Leis como 2ª secretária. A parlamentar realizou a leitura da mensagem do Governo Municipal, ato tradicional da sessão.

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Vereadora mais votada, Andrea Cruz retoma presença das mulheres na Câmara de Batayporã após quatro anos de legislatura só com parlamentares homens. Foto: Câmara de Batayporã

Mas a atuação das mulheres em cargos de liderança não está restrita ao Legislativo em Batayporã. Marcando presença na reunião solene, uma fileira inteira de assentos se destacou com um "batalhão de mulheres" representando o secretariado municipal.

No time do prefeito Germino Roz, as mulheres são maioria e mostram que a liderança feminina tem rendido frutos. Já no primeiro mandato do tucano, das seis pastas, quatro eram comandadas por mulheres. Agora, com a proposta de oito secretarias municipais, seis delas continuarão sob a batuta das mulheres.

Atualmente, o município vislumbra a seguinte composição administrativa, que aguarda votação do Legislativo para concluir a transição: Governo (Luciane Caldeira); Planejamento (Maynara Wruck); Saúde (Letícia Sanches); Infraestrutura Pública (Patricia Portioli); Assistência Social (Thayse Melo); Educação (Fernanda Scarlat); Administração e Finanças (Gabriel Boffo); Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo (Renan Bom).

Em entrevista ao Nova News na manhã desta terça-feira (4), a secretária de Governo classificou a formação como um "marco de representatividade". "Nunca tivemos tantas mulheres na liderança da gestão. Isso é muito representativo. Demonstra reconhecimento do nosso trabalho, porque há muito tempo já somos maioria entre os servidores, mas nem sempre estivemos "na linha de frente" do secretariado". Com certeza é um marco de representatividade", analisou Luciane Caldeira.

Para o chefe do Executivo, a equipe expressa um compromisso com a diversidade e prioriza a competência. "Infelizmente, nossa sociedade ainda é muito machista. Convivemos com mulheres altamente capacitadas, com qualificação e aptidão para a liderança, mas sem as mesmas oportunidades que os homens. Nosso objetivo é honrar essa competência possibilitando as mesmas oportunidades e permitindo que as mulheres acessem esses espaços que, aliás, também lhes são de direito", declarou Germino.

Muito a superar

O cenário local expressa ganhos importantes, porém, o desafio para a paridade de gênero ainda é grande quando a análise é ampliada. É o que aponta o Relatório Global de Desigualdade de Gênero de 2023. Em trecho do documento, é possível verificar que a igualdade de gênero se recupera para os níveis anteriores à pandemia de Covid-19 (que impactou significamente as atividades profissionais das mulheres), porém, o ritmo do progresso diminuiu.

No mercado de trabalho, por exemplo, o relatório expressa que a participação de mulheres em cargos de liderança sênior (diretora, vice-presidente ou gerência de primeiro nível) é de 32,2% globalmente, quase 10 pontos percentuais abaixo de sua representação na força de trabalho, que é de 41,9%.

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