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Nova Andradina evita maior reorganização política dos últimos anos com recuo de fusão entre partidos

Recuo nacional evita reconfiguração imediata de bancadas do legislativo no município

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Imagem: Arquivo

O recuo nas tratativas de fusão entre partidos, como PSDB, MDB e Podemos, impediu uma mudança significativa na composição da Câmara de Vereadores de Nova Andradina. Caso a fusão tivesse ocorrido, o novo partido poderia se tornar a maior bancada do Legislativo municipal — ou, em um cenário oposto, desaparecer completamente da Casa.

O motivo está na possibilidade de desfiliação sem perda de mandato que a fusão proporcionaria. Vereadores eleitos pelas siglas envolvidas — Alemão da Semente, Deildo Piscineiro e Naleu da Casa Verde (PSDB); Professor Luciano Leal e Marcia Lobo (Podemos); Fábio Zanata e Gabriela Delgado (MDB) — teriam liberdade para migrar para outras legendas, redesenhando as forças políticas locais ou, até mesmo, ficarem sem partido.

Como a cúpula nacional dos partidos optou por buscar apenas federações — uma espécie de aliança mais flexível, porém com regras próprias —, os vereadores ficam vinculados às legendas até a próxima janela partidária, prevista para abril de 2028. A federação impede a troca de sigla sob risco de perda do mandato, o que freia articulações em curso nos bastidores.

Em Nova Andradina, a eventual federação entre PSDB, MDB e Podemos também poderia influenciar o tamanho das bancadas, mas sem os efeitos imediatos de uma fusão. Já a união entre União Brasil e PP, também em formato de federação, deve ter impacto limitado no município. Isso porque o PP não possui representantes na Câmara local.

O União Brasil, que elegeu três vereadores (Wilson Almeida, Quemuel de Alencar e Dito Machado), vive uma situação particular. O partido é presidido, em Nova Andradina, pelo deputado estadual Roberto Hashioka, opositor ao prefeito Dr. Leandro Fedossi (PSDB). O comando da federação, no entanto, ficará com o PP, presidido no município por Hernandes Ortiz, secretário municipal de Finanças e principal aliado de Fedossi. Ortiz e Hashioka são rivais históricos.

Essa composição, com grupos antagônicos sob o mesmo guarda-chuva partidário, pode gerar embates internos e disputas pela influência na formação de chapas para as próximas eleições.

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