Após intensas reuniões com lideranças nacionais, o PSDB de Mato Grosso do Sul definiu sua ordem de preferência para uma possível fusão partidária. O movimento busca garantir a sobrevivência da sigla nas próximas eleições e preservar os mandatos de seus representantes. O Estado, onde o partido tem sua maior força no país, se tornou peça-chave nessa discussão, com o governador Eduardo Riedel (PSDB) no centro das negociações.

O PSD surge como o destino preferido dos tucanos sul-mato-grossenses. A relação próxima com Nelsinho Trad (PSD) e a estrutura ainda enxuta da legenda no Estado facilitariam a migração. Em Nova Andradina, a mudança poderia fortalecer o secretário municipal de Finanças, Hernandes Ortiz, que, apesar de filiado ao PP, exerce influência sobre o PSD local. No Legislativo, os três vereadores eleitos pelo PSDB migrariam para a nova legenda, mantendo suas cadeiras e ampliando a força do partido no município.

Outra possibilidade discutida foi a fusão com o Republicanos. Embora o presidente nacional da sigla, Marcos Pereira, não tenha visitado Mato Grosso do Sul, a negociação avançou em Brasília, com diálogo entre Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Com 44 deputados federais, mesma bancada do PSD, o Republicanos é visto como uma alternativa viável. Em Nova Andradina, a mudança fortaleceria o grupo liderado pelo ex-prefeito Gilberto Garcia, que comanda o Republicanos local e possui um vereador, Willian Moraes. Se a fusão se concretizar, o novo partido teria a maioria na Câmara Municipal, somando os três vereadores tucanos ao parlamentar republicano.

O Podemos, representado pela presidente nacional Renata Abreu, também entrou na disputa, mas ocupa apenas a terceira posição entre as opções dos tucanos. A sigla é considerada pequena para resolver os desafios do PSDB em nível nacional. Em Nova Andradina, no entanto, uma fusão com o Podemos poderia dar mais protagonismo ao ex-prefeito Gilberto Garcia e aos vereadores da legenda, Professor Luciano Leal e Márcia Lobo, líder do Executivo na Câmara. Se a união se confirmar, a nova legenda reuniria cinco dos 13 parlamentares municipais.

O prefeito Dr. Leandro Fedossi (PSDB) ainda não se manifestou oficialmente sobre as tratativas. No entanto, a expectativa é de que ele acompanhe a decisão das lideranças estaduais do partido, que buscam um caminho estratégico para preservar sua relevância política no Estado e no país.

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