Nada se sabe sobre a volta das aulas presenciais em todo Brasil. Por óbvio, o que sabemos é que o ano letivo foi prejudicado. Um ano nulo. Aprendizagem igual a zero. As atividades presenciais não acontecem desde meados de março devido à pandemia do maldito coronavírus.
Para a angústia de Professores, pais e alunos, até o momento hão há o menor sinal de retorno.
No entanto, órgãos como a FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) e o CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação), já estão elaborando protocolos de higiene, para eventualmente ser adotados em uma possível volta às aulas.
As medidas pensadas são:
Retorno gradual e ensino híbrido; Distanciamento social; uso de máscaras e controle social; estação de higiene, higienização e desinfecção dos espaços.
Para colocar esse protocolo em prática, porém, é preciso saber quem vai pagar a conta. Certamente não se pode, infelizmente, contar com o Ministério da Educação. Até o momento nessa travessia melancólica da pandemia, o MEC não tem movido uma palha para auxiliar Estados e Municípios no enfrentamento da crise.
Milhares de jovens e crianças estão sendo prejudicados. Tenho observado a tentativa de se ensinar de forma remota, mas o gargalo está na enorme desigualdade no acesso à tecnologia.
O MEC, juntamente com o Conselho Nacional de Educação, deveria liderar um processo de alternativas, discutir com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, incluindo os respectivos Conselhos, que são órgãos normativos do sistema, para buscar uma alternativa viável, mas o que se vê é um total silêncio do Ministério mais importante do Governo Federal, que, aliás, tinha, no seu comando um Ministro que não apresentou nenhum projeto para a melhoria da Educação, não seria, portanto a pandemia que iria sensibilizá-lo.
Com a saído do Ministro, talvez possa se ter uma esperança de entrar alguém que olhe para a situação de milhares de alunos sem aulas, que pense em uma alternativa menos dolorosa e capaz de minimizar os prejuízos deste ano nulo para o Ensino brasileiro.
Tenho observado, por exemplo, que outros temas – também importantes – como: reabertura da economia, transportes coletivos, auxílios emergenciais, linhas de financiamentos, enfim, são temas recorrentes e que tem sido debatido, excetuando o mais importante que é a Educação.
Um ano perdido na Educação, corresponde, obviamente a décadas de prejuízos para a nação. É quase um crime de lesa a pátria, para o qual, até o momento não se apresentam nenhuma solução plausível.
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista.
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