Ele voltou. O velho e bom futebol voltou em alguns Estados. Para muitos, o retorno dos campeonatos estaduais em plena pandemia é uma tremenda irresponsabilidade. Para outros é uma realidade a ser enfrentada.
Além do mais, o Governo Federal pressiona a CBF para o retorno, também, do Campeonato Brasileiro. Presidentes de Clubes também pressionam. O próprio desafio para cumprir o calendário do nosso futebol é uma pressão natural aos dirigentes da CBF.
Esse desejo de ver a bola rolando é um misto de incerteza, com insensatez, quando se vê pela frente um protocolo médico a ser cumprido.
De qualquer forma já é quase certo que o Brasileirão voltará em agosto. A data sugerida pelo Presidente Rogério Caboclo é nos dias 8/9.
Alguns dirigentes batem na mesa e dizem que o futebol não é o vilão da história. Eles, aliás apontam que nas grandes cidades, basta o transporte coletivo lotado para contaminar muita gente. Apontam bailes e festas clandestinas, apontam a reabertura da economia e mais uma dezena de argumentos para mostrar que a volta do futebol sem público, não é loucura, ao contrário, vai dar ânimo ao povo psicologicamente abalado com a pandemia.
Todavia, a solução definitiva para o problema não é dos dirigentes de futebol, mas dos médicos, biomédicos, farmacêuticos e biólogos que buscam descobrir uma vacina segura e eficiente. Ademais, é impossível chegar a uma solução que agrada a todos, nesse cenário cinzento de abre e fecha, pode não pode, sem nenhum comando central para resolver essa crise. Por esta razão sempre digo: um País precisa investir pesado em Educação, ciências e tecnologia.
Elizeu Gonçalves Muchon – Professor e Jornalista
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