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No combate à covid-19, campanha une fotografia e solidariedade em MS

Em prol de quem está mais vulnerável na pandemia, 100FotosParaMS surge para integrar rede brasileira de iniciativas solidárias

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O Menino e a Água (Raique Moura)

Imagine uma galeria com 100 fotografias, doadas por 100 artistas e à venda por R$100 cada uma. Essa ideia está sendo colocada em prática, e o melhor: todo o lucro arrecadado será doado a uma instituição social sul-mato-grossense.

No momento em que uma grave pandemia atinge a todos ao redor do mundo, uma campanha beneficente criada na Itália veio para o Brasil se espalhando por vários estados, como São Paulo, Pará, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e chega a Mato Grosso do Sul. Grupos de artistas visuais estão se unindo e doando suas obras para serem vendidas em galerias virtuais, com todo o lucro revertido em doações a quem está enfrentando maior dificuldade para se proteger do coronavírus.

Com o objetivo de minimizar os impactos causados pela pandemia, artistas de várias cidades do estado aderiram ao projeto e doaram uma fotografia, integrando a galeria virtual da campanha lançada nesta quarta-feira (01), que tem a  duração de 30 dias. A iniciativa partiu da fotógrafa nova-andradinense Aline Teodoro, que convidou amigos de várias cidades e áreas profissionais para criarem a campanha. Ela conta que já se questionava sobre como ajudar, sem ter que sair de casa, grupos em situação de vulnerabilidade social, e ao ver as campanhas de outras capitais encontrou a resposta que buscava. “Eu estava me perguntando já há algum tempo o que nós, que estamos em casa com segurança, conforto e tempo disponível, poderíamos fazer pra ajudar quem não tem as mesmas condições que a gente, sabe? Quando eu vi no instagram as campanhas solidárias que os fotógrafos estavam fazendo nos outros estados, tive a ideia de fazer aqui também”, conta a artista.

Em Mato Grosso do Sul, a entidade escolhida para receber os recursos arrecadados foi a CUFA, Central Única das Favelas, coletivo que desenvolve ações assistenciais em comunidades periféricas na capital e tem expandido sua atuação para cidades do interior, como Dourados e Três Lagoas. Além de beneficiar quem está mais vulnerável ao contágio do coronavírus, a campanha tem outro resultado positivo: dar visibilidade à produção fotográfica do estado. Para Aline a ação “fortalece a arte e a cultura do estado, divulgando o trabalho de 100 artistas e conectando essa rede”, garante. A fotógrafa lembra ainda que além de artistas sul-mato-grossenses, também estão participando artistas de outros estados como Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.

Camila Vilar é uma das artistas que aderiram ao 100FotosParaMS, campanha que para ela é uma oportunidade de exercer a empatia. “Durante essa quarentena aprendi o quão importante é nos inserirmos em ações de voluntariado para aprendermos a ter uma visão de outras realidades além da nossa. Nessa campanha sinto que a arte vai ser uma forma de mostrar esses outros cenários. E se a população conseguir acreditar nas fotos e na ideia da campanha, vai ser uma forma de mostrar que existem artistas incríveis, sim, no estado”, considera.

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Camila Vilar doou obra intitulada “Iansã, mãe do entardecer”.

A venda das obras acontecerá no próprio site da campanha, e sem limite de cópias. Isso significa que várias pessoas poderão escolher a mesma fotografia, e que o comprador também poderá adquirir mais de uma impressão da mesma obra, caso queira. O próximo passo, após o encerramento do período de vendas e o repasse do lucro para a entidade apoiada, é a impressão e o envio das fotografias, mas isso só será feito quando for seguro para todos, devido ao coronavírus. “Quem comprar pode ficar tranquilo que vai receber. A gente só precisa seguir alguns cuidados para garantir a segurança da nossa equipe e até de quem vai receber essa encomenda em casa”, pontua Aline.

E a equipe 100FotosParaMS, segue buscando a parceria de empresas e instituições que queiram apoiar de alguma maneira a campanha, que tem custos, apesar de ser beneficente. O jornalista Gustavo Maia, que também participa do projeto, lembra que “todo mundo da equipe é voluntário, mas a campanha tem alguns gastos inevitáveis, como taxas cobradas pelo site, seguro das operações de venda, a impressão das fotos e o envio pelos correios, por exemplo. São coisas que a gente vai ter que pagar. A gente espera que os empresários, ao verem a causa da nossa campanha, se sensibilizem e venham somar com a gente”.

Para visitar a galeria e comprar as obras, basta acessar www.100FotosParaMS.com.br. As fotografias também estão disponíveis no perfil instagram.com/100fotosparams. E quem não puder comprar, ainda pode ajudar compartilhando, pois, como diz o slogan da campanha “não podemos estar perto, mas podemos estar juntos!”. 

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