Os dados são do Atlas da Violência 2020, elaborado pelo Ipea (Instituto Brasileiro de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e que traça o perfil das mortes ligadas a crime no Brasil. O documento aponta que os homicídios caíram 14,3% em Mato Grosso do Sul de 2017 para 2018.
O mais recente levantamento, que traz números dos assassinatos ocorridos entre 2008 e 2018, mostra que a taxa de homicídios por 100 mil habitantes passou de 24,3 em 2017 para 20,8 em 2018 em Mato Grosso do Sul, que aparece no Atlas de 2020 como a sexta melhor taxa de mortes violentas, ficando atrás somente do Piauí (19,0), Distrito Federal (17,8), Minas Gerais (16,0), Santa Catarina (11,9) e São Paulo (8,2).
O Atlas da Violência aponta que em 2018 houve queda nos crimes letais em 24 dos 27 estados brasileiros. Ao todo foram 57.956 mortes violentas no Brasil, o que representa uma queda de 12% em nível nacional em relação a 2017, quando foram contabilizados 65.602 homicídios. Entre outros fatores, o levantamento mostra que as políticas estaduais de segurança imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade violenta.
Entre os fatores apontados pelo Atlas da Violência com impactos diretos nos índices criminais, estão o tráfico de drogas e as organizações criminosas. “Mato Grosso do Sul é recordista nacional em apreensões de drogas, além disso tem mais de 40% do seu território localizado na linha ou faixa de fronteira, onde as forças de segurança interceptam os maiores carregamentos de entorpecentes do país e, ainda assim, estamos entre os seis estados brasileiros com as menores taxas de homicídios. Esse índice é resultado do incremento em pessoal e investimentos em estruturas e na capacitação dos policiais que estão na ponta”, garante o governador Reinaldo Azambuja.
Na taxa por 100 mil habitantes, o Atlas mostra que em dez anos, considerando o período entre 2008 e 2018, houve queda de 30,4% nos homicídios em Mato Grosso do Sul e de 2013 a 2018, de 14,5%. O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, atribui os bons índices às políticas públicas e a repressão qualificada. “Com a expertise dos nossos policiais temos conseguido desestruturar o crime organizado, que só com as apreensões de drogas realizadas este ano aqui no Estado, já amargam um prejuízo superior a R$ 2 bilhões e esse enfraquecimento acaba refletindo diretamente na violência”, assegura.
Os dados da Sejusp apontam que entre os anos de 2018 e 2019 a queda nos homicídios foi superior a 12% em Mato Grosso do Sul, com uma média de 14 mortes por grupo de 100 mil habitantes.
Armas de Fogo
Segundo o Atlas da Violência, as armas de fogo são as principais causas de mortes no Brasil e responderiam por 77,1% dos assassinatos de homens e por 53,7% dos homicídios de mulheres. Em segundo lugar estariam os instrumentos cortantes, como as facas por exemplo, e em terceiro os objetos contundentes.
Em números absolutos, o levantamento mostra que entre 2008 e 2018, Mato Grosso do Sul apresentou uma redução de 38% nos homicídios por armas de fogo. De 2013 a 2018 a queda foi de 23,6% e entre 2017 e 2018 de 25,7%. “São dados que colocam nosso Estado entre os cinco mais seguros do país nesse quesito (armas de fogo), se levarmos em conta informações do próprio Atlas da Violência, de que há locais onde os dados não são adequadamente tratados, como o são aqui, nós certamente somos um dos quatro melhores estados do país em segurança pública”, celebra o governador Reinaldo Azambuja.
Esclarecimentos
Dos estados brasileiros, Mato Grosso do Sul é o que mais esclarece homicídios, com índice superior a 60% dos casos, enquanto a média nacional não ultrapassa a casa dos 10%.
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