A Polícia Militar Ambiental realiza captura de animais há quase 35 anos e já capturou animais em locais inusitados, como ouriço em edifício, capivara dentro de armários e fossas, antas dentro de piscina, jacarés em lagoas de tratamento de indústria, gambá dentro de máquina de lavar, serpentes e lagartos em áreas de motores, dentro de veículos, tamanduá-bandeira dentro de churrasqueira e de fossa, entre outros.
No primeiro semestre ano passado (2020), os policiais militares ambientais do Estado capturaram 843 animais silvestres nos perímetros urbanos. No primeiro semestre deste ano (janeiro a julho/2021), a média foi de 7,5 animais capturados diariamente, perfazendo 1.337. Os principais animais capturados foram aves.
Normalmente os animais são encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) na Capital, porém, alguns capturados no interior são soltos nas redondezas, depois de laudos de médicos veterinários e biólogos constatando que são bravios e daquele habitat regional de onde ocorreu a captura.
Os números não abrangem animais vítimas de tráfico, os quais são encaminhados ao CRAS, mas com dados computados em estatística de tráfico e não como captura.
As características acertadas das cidades de Mato Grosso do Sul de conservar muitas áreas de flora nos perímetros urbanos, também conserva a fauna ali existente, em um ambiente fragmentado, o que leva os animais até os locais habitados.
Por exemplo, Campo Grande, que possui grandes reservas florestais e parques, além dos parques lineares de córregos e áreas verdes municipais, favorece a fauna e, essa convivência entre essa fauna sinantrópica e a população gera alguns conflitos, como: adentrar residências, ruas, estabelecimentos comerciais, atropelamentos, bem como há a necessidade muitas vezes, de se fazer o trabalho de captura, devido aos animais adentrarem áreas que corram riscos, ou ofereçam riscos às pessoas.
Além de tudo isso, o desmatamento legal e também o ilegal, que acontecem nas circunvizinhanças das cidades, reduzem o habitat e alimento da fauna silvestre, que cada vez mais, precisa percorrer maiores distâncias na migração em busca de alimentos e acabam adentrando os perímetros urbanos.
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